Salário mínimo de 2026 já tem valor definido? Veja qual a projeção do ano que vem!
O salário mínimo de 2026 deve seguir uma correção com base nos padrões dos últimos anos, mas tudo será definido pela inflação de 2025.
O valor do salário mínimo de 2025 passou a vigorar após o governo aplicar a política nacional de valorização do piso, que combina dois fatores econômicos relevantes para o cálculo. Essa política utiliza a inflação medida pelo INPC até novembro e soma o crescimento do PIB de dois anos antes.
No caso de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor fechou em 4,84%, enquanto o Produto Interno Bruto, que cresceu 3,2% em 2023, ficou limitado pelo teto estipulado. Dessa forma, foi possível retomar o ganho real para os brasileiros.
Com base nessa fórmula, o salário mínimo subiu de R$ 1.412 para R$ 1.518, garantindo um reajuste total de 7,5% e ajustando o valor ao cenário econômico do país. Nos próximos anos, é provável que a fórmula continue seguindo esse cálculo.

Neste artigo, você vai ver:
Já existe projeção para o salário mínimo de 2026?
O governo federal já apresentou a proposta de reajuste para o salário mínimo de 2026, mantendo o compromisso de reajustar o valor conforme as regras de valorização que consideram inflação e limite de ganho real, que deve ser levado em consideração.
De acordo com o texto encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, o piso deverá subir de R$ 1.518 para R$ 1.630 no ano seguinte, representando um aumento de R$ 112 sobre o valor vigente em 2025. Essa proposta integra o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026.
Esse aumento segue o modelo de cálculo que utiliza a variação do INPC somada ao crescimento do PIB, limitado a 2,5%, fórmula oficializada pela Lei 14.663 de 2023. Embora o reajuste gere alívio no bolso do trabalhador, ele também impacta as despesas da União, como benefícios trabalhistas e da Previdência.
Segundo cálculos do governo, cada real de reajuste no salário mínimo custa cerca de R$ 400 milhões aos cofres públicos, o que transforma o aumento previsto de R$ 112 em um impacto fiscal de aproximadamente R$ 44,8 bilhões.
Esse cenário mostra como o salário mínimo vai muito além da remuneração dos trabalhadores formais, afetando diretamente a estrutura econômica do país e o poder de compra de milhões de brasileiros. O valor projetado não apenas busca acompanhar o custo de vida, mas equilibrar as contas públicas.
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Qual é a base de cálculo do salário mínimo?
O salário mínimo tem como base de cálculo oficial a variação acumulada da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, somada ao percentual de crescimento real do Produto Interno Bruto, sempre limitado a 2,5%, conforme estabelece a legislação em vigor.
Essa fórmula proporciona previsibilidade ao reajuste, equilibrando o valor do piso com a realidade econômica do país e evitando aumentos excessivos que comprometam as contas públicas. O mecanismo de cálculo é aplicado todos os anos para corrigir o salário, considerando a economia do ano passado.
Como funciona a medição do INPC?
O INPC é um índice que mede a variação de preços para famílias que recebem até cinco salários mínimos mensais, acompanhando os custos de itens como alimentação, transporte, habitação e vestuário. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística atualiza o índice mensalmente com base em dados do país.
Essa medição garante que o reajuste do salário mínimo acompanhe a variação real do custo de vida, preservando o poder de compra do trabalhador. Além disso, o uso do INPC no cálculo do salário mínimo evita perdas econômicas para quem depende do piso nacional como principal fonte de renda.
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Poder de compra pode ser afetado com limitação do reajuste
O limite de 2,5% sobre o crescimento do PIB pode, em determinados momentos, impedir que o salário mínimo acompanhe o avanço do custo de vida, especialmente em anos de forte expansão econômica, o que pode aumentar os ganhos e os gastos.
Embora essa medida ajude a conter o aumento das despesas públicas e torne o orçamento federal mais previsível, ela reduz a capacidade do salário mínimo de garantir aos trabalhadores o acesso ampliado a bens e serviços. Especialistas afirmam que isso pode comprometer a recuperação do poder de compra.
Importância de um ganho real
A valorização do salário mínimo além da inflação é considerada uma ferramenta eficiente de distribuição de renda, fortalecendo o consumo interno e ampliando a movimentação econômica. Sempre que o reajuste ultrapassa o valor inflacionário, o trabalhador experimenta um ganho real.
Sem esse aumento acima da inflação, o salário mínimo perde a capacidade de acompanhar o crescimento da economia, tornando-se defasado frente às necessidades de quem depende exclusivamente desse rendimento. Por isso, debates sobre a limitação desse ganho real tendem a permanecer em evidência.
O que esperar o salário mínimo nos próximos anos?
O governo já projeta uma trajetória de crescimento progressivo para o salário mínimo, que poderá alcançar aproximadamente R$ 1.925 até 2029, segundo estimativas preliminares. Contudo, o valor final dependerá da combinação entre inflação e desempenho do PIB, sempre submetidos ao teto.
Caso a economia mantenha estabilidade e a inflação permaneça controlada, o salário mínimo deve crescer de maneira gradual, embora sem grandes saltos de valor. Esse modelo garante previsibilidade fiscal ao governo, sem abrir espaço para desequilíbrios que possam prejudicar os investimentos sociais.
Ainda assim, especialistas ressaltam que o poder de compra da população precisa ser monitorado constantemente, para que o salário mínimo mantenha sua função de garantir dignidade e segurança financeira aos trabalhadores brasileiros.
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