Salário mínimo aumenta para R$ 1804: entenda a motivação do reajuste
O salário mínimo estadual acabou de passar por mais um aumento, que pode ser bem-vindo para os trabalhadores da região.
A cada início de ano, o salário mínimo volta ao centro das discussões trabalhistas e econômicas, influenciando diretamente a vida de milhões de brasileiros. Em 2025, o contraste entre o valor do salário mínimo nacional e o piso estadual de alguns estados ganhou ainda mais destaque.
Não é de agora que alguns estados apresentam seus próprios pisos salariais, que ditam qual valor é o mínimo conforme o custo de vida da região. Levando isso em consideração, eles costumam ser um pouco mais elevados do que o piso nacional.
A diferença representa um ganho expressivo para os trabalhadores paulistas em comparação com os demais estados que seguem o valor nacional. Além de refletir uma política de valorização regional, o aumento visa combater a perda do poder de compra causada pela inflação.

Neste artigo, você vai ver:
Salário mínimo aumenta para R$ 1.804
O governador Tarcísio de Freitas anunciou o envio de um projeto de lei à Assembleia Legislativa de São Paulo propondo o reajuste do salário mínimo estadual para R$ 1.804. O valor representa um aumento de 10% em relação ao piso anterior e está 18,84% acima do salário mínimo federal.
Esse acréscimo supera com folga a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 4,77%. Com essa iniciativa, o governo estadual busca garantir ganhos reais aos trabalhadores, fortalecendo sua renda e ampliando o consumo nas famílias.
O projeto chega como parte de uma política de valorização do trabalho implementada na atual gestão estadual. Desde o início do mandato de Tarcísio, o salário mínimo paulista já acumula um crescimento de 40,5%, sendo este o terceiro aumento consecutivo que supera a inflação.
Motivação para o novo reajuste
Segundo o governador, o objetivo principal do novo salário mínimo estadual é garantir dignidade aos trabalhadores e fomentar o crescimento da economia paulista. O aumento do poder de compra estimula o comércio, movimenta a produção de bens e serviços e favorece a geração de empregos.
Além disso, a proposta tem como foco melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda, que mais sente os efeitos da inflação no orçamento doméstico. O reajuste proposto, segundo o governo, também tem impacto indireto no funcionalismo estadual e nos contratos firmados com base no piso.
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Salário mínimo federal também aumentou em 2025
Em nível nacional, o salário mínimo passou a ser de R$ 1.518 em 2025, conforme estabelecido no orçamento sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo valor representa um aumento de R$ 106 em relação ao piso anterior, que era de R$ 1.412 em 2024.
Embora o orçamento tenha sido sancionado apenas em abril, o novo piso já vigorava desde 1º de janeiro e passou a ser pago aos trabalhadores a partir de fevereiro. Esse reajuste de 7,5% supera a inflação do período, garantindo, portanto, um ganho real para os trabalhadores formais.
Além de atingir diretamente os salários dos trabalhadores, o salário mínimo federal influencia outros setores importantes. O novo valor serve de base para a correção de benefícios da Previdência Social, como aposentadorias e pensões, além de impactar diretamente no cálculo programas sociais.
Como funciona o cálculo do piso salarial federal?
O cálculo do salário mínimo nacional considera a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, acrescida de um percentual de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa fórmula busca assegurar um reajuste que preserve o poder de compra da população.
A política atual de valorização do salário mínimo, retomada pelo governo federal, visa equilibrar as contas públicas com a ampliação do consumo interno. O aumento do piso também reflete uma estratégia para fortalecer a economia por meio da distribuição de renda.
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Como fica o salário mínimo após os descontos obrigatórios?
Embora o valor bruto do salário mínimo em 2025 seja de R$ 1.518, o trabalhador não recebe essa quantia integralmente. Isso ocorre porque incidem sobre o valor bruto os descontos obrigatórios, especialmente a contribuição previdenciária, que é recolhida diretamente na folha de pagamento.
No caso de trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, não há desconto do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), mas o desconto do INSS permanece obrigatório. Esses descontos impactam diretamente o salário líquido, ou seja, o valor final que o trabalhador recebe no fim do mês.
Para quem ganha um salário mínimo, a alíquota de contribuição ao INSS é de 7,5%, o que equivale a um desconto de R$ 113,85. Com isso, o salário líquido fica em R$ 1.404,15, desde que não existam outros descontos adicionais.
Já no caso de quem recebe dois salários mínimos (R$ 3.036), a alíquota aplicada é de 12%, resultando em um desconto de R$ 257,73. Assim, o valor líquido que o trabalhador receberá será de R$ 2.778,27. Esses valores podem variar conforme adicionais, benefícios ou descontos de cada contrato de trabalho.
Quais são os descontos obrigatórios?
- INSS: varia de 7,5% a 14%, dependendo da faixa salarial
- IRRF: aplicado apenas a quem recebe acima de R$ 2.640, com alíquotas progressivas
- Vale-transporte: desconto de até 6% sobre o salário base, se o benefício for fornecido
- Vale-refeição ou alimentação: conforme o contrato coletivo, pode haver desconto parcial
- Contribuição sindical: facultativa, descontada apenas com autorização do trabalhador
- Outros descontos: incluem pensão alimentícia, convênios médicos e adiantamentos, quando aplicáveis
Portanto, ao considerar o impacto dos descontos, o trabalhador deve sempre verificar detalhadamente seu holerite para entender o valor final recebido e garantir que todos os abatimentos estejam corretamente aplicados.
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