Governo MUDOU as regras de permanência no Bolsa Família? Veja as alterações
As regras de permanência no Bolsa Família servem para manter os beneficiários recebendo os pagamentos, sem risco de terem os valores interrompidos.
O Bolsa Família representa uma das mais importantes políticas públicas de combate à pobreza e à fome no Brasil. Criado para garantir uma renda mínima a famílias em situação de vulnerabilidade, o programa vai além da transferência de recursos, exigindo contrapartidas ligadas à saúde e à educação.
Gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o benefício busca proteger os lares brasileiros mais carentes, contribuindo para a redução da desigualdade e melhorando a qualidade de vida de milhares de famílias.
Recentemente, o governo federal anunciou mudanças relevantes nas regras de permanência no Bolsa Família, o que exige atenção redobrada dos beneficiários para manterem seus cadastros em conformidade com as novas normas.

Neste artigo, você vai ver:
Quais as regras para entrar no Bolsa Família?
Para ingressar no Bolsa Família, a principal exigência é que a renda mensal per capita da família seja de até R$ 218. Esse limite define o critério de entrada no programa, que prioriza famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Para calcular a renda per capita, basta somar todos os rendimentos mensais dos integrantes da família e dividir pelo número de pessoas que compõem o núcleo familiar. Se o resultado estiver dentro do valor estipulado, a família pode ser elegível para receber o benefício.
Após cumprir o critério financeiro, a família deve estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), banco de dados que reúne informações de programas sociais do governo. Esse registro precisa estar atualizado com os dados corretos de todos os membros da família.
Quais as regras de permanência no Bolsa Família?
Para permanecer no programa, além de manter a renda dentro dos limites estabelecidos, as famílias devem cumprir algumas condicionalidades relacionadas à saúde e à educação. Essas exigências garantem que o benefício seja uma ferramenta de inclusão social e não apenas uma transferência de renda.
- Educação: Crianças e adolescentes de 4 a 17 anos devem frequentar regularmente a escola, com frequência mínima exigida de 60% para crianças de 4 a 5 anos e de 75% para os demais.
- Saúde: Gestantes devem realizar o pré-natal e crianças menores de 7 anos precisam seguir o calendário nacional de vacinação, além de fazer acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
- Atualização cadastral: A família precisa manter os dados do CadÚnico atualizados a cada dois anos ou sempre que houver mudança na composição familiar, endereço ou renda.
O descumprimento dessas regras pode levar à suspensão temporária ou ao cancelamento do benefício, por isso é essencial acompanhar todas as orientações do programa.
Nova regra de permanência no Bolsa Família
Uma nova medida anunciada pelo MDS amplia a segurança para famílias que conseguem melhorar temporariamente sua renda. Pela regra de transição, mesmo que os rendimentos ultrapassem o limite de R$ 218 por pessoa, a família poderá continuar no programa por até 24 meses.
Durante esse período de transição, a família passa a receber 50% do valor original do benefício, desde que a renda per capita não ultrapasse meio salário mínimo. O objetivo dessa regra é incentivar a autonomia dos beneficiários sem provocar insegurança alimentar ou instabilidade financeira.
O que acontece após dois anos na regra de transição?
Depois dos 24 meses, se a renda familiar continuar acima do limite permitido, a família deixa de fazer parte do programa automaticamente. Caso a renda volte a cair para dentro dos critérios estabelecidos, o retorno ao Bolsa Família pode ser solicitado com base no mesmo cadastro já existente.
Ou seja, não é necessário fazer uma nova inscrição no CadÚnico, apenas atualizar os dados e aguardar nova análise de elegibilidade. Se a renda da família ainda estiver dentro do patamar permitido ao fim do período de transição, o benefício integral poderá ser restabelecido.
A regra, portanto, busca equilibrar incentivo ao trabalho e manutenção da proteção social, evitando que famílias sejam penalizadas por pequenas variações de renda que não refletem mudanças permanentes na realidade econômica.
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Como manter o Bolsa Família atualizado?
Manter o Bolsa Família em dia exige que a família acompanhe de perto suas obrigações e atualize o CadÚnico sempre que houver qualquer alteração. A atualização deve ser feita no CRAS mais próximo da residência da família, com apresentação de documentos de todos os integrantes.
Documentos necessários para levar no CRAS
- Documento de identidade com foto (RG ou CNH)
- CPF de todos os membros da família
- Comprovante de residência recente
- Título de eleitor (preferencialmente do responsável familiar)
- Carteira de trabalho ou comprovante de renda, se houver
- Certidão de nascimento ou casamento dos membros da família
- Declaração escolar (para crianças e adolescentes matriculados)
A não atualização do cadastro pode levar ao bloqueio ou ao cancelamento do benefício, mesmo que a família ainda atenda aos critérios do programa. Por isso, manter as informações atualizadas é fundamental para garantir o recebimento regular do Bolsa Família.
Calendário de pagamentos de abril
Os pagamentos do Bolsa Família em abril seguem conforme o dígito final do Número de Identificação Social (NIS). Veja a tabela com as datas:
Final do NIS | Data de Pagamento |
---|---|
1 | 15 de abril |
2 | 16 de abril |
3 | 17 de abril |
4 | 22 de abril |
5 | 23 de abril |
6 | 24 de abril |
7 | 25 de abril |
8 | 28 de abril |
9 | 29 de abril |
0 | 30 de abril |
O valor do benefício é depositado na conta digital Caixa Tem ou pode ser acessado pelo cartão do programa. Para consultar o valor e a data exata de pagamento, o beneficiário pode acessar o aplicativo Bolsa Família ou o app Caixa Tem, além de verificar no site oficial da Caixa ou nas agências.
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