Revogação da regra que muda trabalhos em feriados e domingos? Entenda a polêmica!
Uma regra capaz de alterar as normas para os trabalhos em feriados e domingos pode ser revogada, alterando mais uma vez a forma como os trabalhadores atuam.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regula as relações trabalhistas no Brasil e estabelece regras claras para garantir direitos básicos dos trabalhadores. Entre os diversos temas abordados pela legislação, destacam-se os trabalhos em feriados e domingos, que sempre geraram polêmicas.
Embora a prática seja permitida em determinados setores, ela depende de condições que buscam equilibrar as necessidades do mercado com a proteção ao empregado. Portanto, é necessário ficar de olho nos novos desdobramentos sobre o tema.
Nesse sentido, surgem discussões frequentes sobre a melhor forma de disciplinar esse tipo de trabalho, especialmente quando envolvem negociações coletivas ou decisões governamentais. Assim, compreender as mudanças recentes e as propostas em debate torna-se essencial para todos os envolvidos.

Neste artigo, você vai ver:
Proposta que muda trabalhos em feriados e domingos
Atualmente, a Frente Parlamentar de Comércio e Serviços atua para extinguir a portaria do Ministério do Trabalho e Emprego que exige acordos coletivos para a abertura de comércios e serviços aos domingos e feriados, que funcionam de outra forma atualmente.
Essa norma, que já foi adiada por três vezes, deverá entrar em vigor em 1º de julho deste ano, aumentando a pressão política sobre o governo federal. Segundo os parlamentares, condicionar a atividade econômica a negociações sindicais representa um retrocesso na liberdade de trabalho.
O deputado Domingos Sávio, presidente da Frente Parlamentar, afirma que a medida imposta pelo governo federal fere diretamente a liberdade econômica dos empresários e o direito de escolha dos trabalhadores, tornando o processo mais democrático.
De acordo com ele, o adiamento sucessivo da portaria cria um ambiente de insegurança jurídica, dificultando o planejamento dos empreendedores e desestimulando investimentos. Portanto, para a Frente, o ideal seria garantir autonomia às partes, sem obrigatoriedade de intervenções sindicais.
Além disso, uma audiência com o ministro Luiz Marinho já está sendo articulada para discutir alternativas à implementação da norma. Nesse encontro, os parlamentares pretendem defender a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), elaborado pelo deputado Luiz Gastão, que quer sustar a portaria.
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Briga por aprovação ou revogação da norma
A disputa em torno da regulamentação dos trabalhos em feriados e domingos movimenta o Congresso. De um lado, parlamentares e setores empresariais pressionam para que a portaria seja anulada, destacando que a exigência de acordos coletivos cria entraves desnecessários para a economia.
De outro, o governo federal, representado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, insiste na necessidade de proteger os direitos dos trabalhadores por meio da mediação sindical. O deputado Joaquim Passarinho, que lidera a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, também se manifesta contra.
Para ele, submeter a abertura dos comércios exclusivamente às convenções coletivas é uma prática ultrapassada. Passarinho afirma que o diálogo com o governo permanece aberto, mas que, nesse caso, a melhor solução seria a revogação da portaria ou a aprovação imediata do PDL que anula seus efeitos.
A mobilização para alterar a regra é ampla e envolve diversos setores produtivos, especialmente comércio, serviços e turismo. Esses segmentos alegam que a liberdade de funcionamento nos feriados e domingos é essencial para atender à demanda dos consumidores e manter empregos.
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Como os trabalhos em feriados e domingos funcionam atualmente?
Atualmente, os trabalhos em feriados e domingos seguem regulamentações específicas que autorizam a prática em atividades essenciais ou em setores definidos em norma própria. O empregador deve, sempre que possível, garantir uma folga compensatória ao trabalhador, respeitando as disposições da CLT.
Além disso, em muitos casos, é necessário respeitar acordos ou convenções coletivas que definam condições para o serviço nesses dias. Nos setores de comércio e serviços, a legislação já permite o funcionamento aos domingos e feriados mediante acordos prévios com os sindicatos.
Em locais onde não há negociação coletiva, prevalece a necessidade de autorização específica da autoridade competente, como o Ministério do Trabalho. Dessa forma, existe certa flexibilidade, mas ainda há entraves que exigem cuidado para não infringir a legislação vigente.
Em relação à remuneração, os trabalhadores escalados para atuar em feriados ou domingos têm direito a pagamento em dobro pela jornada realizada, caso não recebam a folga compensatória. Assim, garantir os direitos trabalhistas continua sendo uma prioridade, mesmo diante da busca por maior liberdade.
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