Benefícios

Qual a diferença entre o antigo Auxílio Gás e o novo Gás do Povo?

O Gás do Povo é o novo programa do governo que acabou de estrear no lugar do Auxílio Gás, mas que ainda deixou algumas dúvidas.

O acesso ao gás de cozinha ainda representa um desafio para milhões de brasileiros que vivem em condições de vulnerabilidade. O preço elevado do botijão pesa no orçamento familiar e, muitas vezes, leva famílias a recorrerem à lenha como alternativa, o que compromete a saúde e a qualidade de vida.

Nesse cenário, o governo federal lançou um programa que promete ampliar o alcance do auxílio já existente e oferecer um modelo mais inclusivo. Essa iniciativa surge em um momento de grande necessidade.

Ela busca aliviar despesas essenciais e garantir condições mais dignas de alimentação para milhões de pessoas. Por isso, compreender o funcionamento do Gás do Povo torna-se indispensável para quem deseja aproveitar esse benefício.

O novo programa de distribuição de botijão, o Gás do Povo, já está disponível.
O novo programa de distribuição de botijão, o Gás do Povo, já está disponível. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quais as diferenças entre o Gás do Povo e o Auxílio Gás?

O Auxílio Gás foi uma medida emergencial criada para subsidiar diretamente a compra do botijão de gás, mas tinha alcance limitado. O novo Gás do Povo surge como evolução desse modelo, trazendo ajustes para atender mais famílias e oferecer um sistema de distribuição mais eficiente.

Essas mudanças afetam diretamente a vida das famílias de baixa renda, já que determinam como o benefício será utilizado na prática. Por isso, é essencial observar as diferenças entre os dois programas para compreender os impactos do novo formato.

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Como funciona

No Auxílio Gás, o governo repassava a cada dois meses o valor integral de um botijão de 13 kg, depositado em conta digital ou bancária, sempre vinculado ao calendário do Bolsa Família. Já no Gás do Povo não há transferência em dinheiro.

O beneficiário recebe um voucher eletrônico, que pode ser validado por aplicativo, cartão do programa, QR Code ou cartão do Bolsa Família. Com esse vale digital, a família retira o botijão diretamente na revenda credenciada, sem qualquer intermediação.

Valor do benefício

No modelo antigo, o valor era padronizado e calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No novo formato, o benefício considera o preço de referência de cada estado, calculado pelo Ministério de Minas e Energia em conjunto com o Ministério da Fazenda.

Essa metodologia garante maior equilíbrio entre regiões, mas também exige acompanhamento constante, já que os valores serão atualizados periodicamente. Vale destacar que o novo programa não cobre frete, cabendo ao beneficiário pagar caso opte pela entrega em domicílio.

Público e quantidade

Ambos os programas atendem famílias inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo per capita, dando prioridade a quem já recebe Bolsa Família. A diferença está no alcance e na distribuição. Antigamente, o Auxílio Gás beneficiava cerca de 5 milhões de família.

Agora, o Gás do Povo prevê atender 15,5 milhões, o que equivale a aproximadamente 50 milhões de pessoas. Além disso, o novo modelo adota uma escala:

  • famílias com dois integrantes recebem até três botijões por ano;
  • famílias com três integrantes recebem até quatro botijões;
  • famílias com quatro ou mais integrantes podem retirar até seis botijões anualmente.

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Como receber o Gás Para Todos?

Para garantir o acesso ao benefício, o primeiro passo é estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais, conhecido como CadÚnico. Esse sistema reúne informações sobre a realidade socioeconômica das famílias brasileiras.

Ele serve de base para seleção de diversos programas sociais, incluindo o Gás do Povo. Portanto, quem ainda não está cadastrado deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou postos municipais de atendimento.

Durante a inscrição, um membro da família precisa assumir o papel de responsável familiar e apresentar informações completas sobre todos os integrantes do domicílio. Entre os documentos exigidos estão CPF ou Título de Eleitor do responsável, além de documentos de identificação de todos os moradores.

É importante lembrar que as informações no CadÚnico precisam ser atualizadas a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na renda, na composição familiar ou no endereço. Essa atualização é indispensável para garantir a continuidade do benefício e evitar bloqueios.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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