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Programa Auxílio Catador: entenda o que é, quem tem direito e como participar

O Programa Auxílio Catador é um dos benefícios oferecidos para pessoas em situação de vulnerabilidade que encontram sustento nas ruas.

Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 800 mil catadores de materiais recicláveis, que atuam diariamente na coleta seletiva e na destinação correta de resíduos sólidos. Todos os dias ele andam a cidade toda embaixo de sol para garantir seu sustento.

Esses trabalhadores garantem não apenas renda para suas famílias, mas também promovem um impacto positivo no meio ambiente, já que colaboram diretamente para a redução da poluição e para o reaproveitamento de recursos naturais.

Além disso, o trabalho dos catadores diminui o volume de lixo destinado a aterros sanitários e contribui para a economia circular, conectando o cuidado ambiental com o desenvolvimento social. Por esses motivos, o apoio a essa categoria profissional é cada vez mais reconhecido como essencial.

O Programa Auxílio Catador é uma inciativa do governo para ajudar essa população.
O Programa Auxílio Catador é uma inciativa do governo para ajudar essa população. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

O que é o Programa Auxílio Catador?

O Programa Auxílio Catador surgiu como uma iniciativa concreta do Governo do Ceará para apoiar financeiramente catadores de materiais recicláveis e, ao mesmo tempo, incentivar a sustentabilidade por meio do aumento da coleta seletiva.

A política garante que os catadores vinculados a associações ou cooperativas recebam um valor mensal equivalente a 1/4 do salário mínimo, que atualmente corresponde a um pagamento de R$ 379,50, como forma de reconhecimento pelo serviço ambiental prestado.

Além disso, o programa busca organizar esses trabalhadores em grupos associados, o que amplia o acesso a outros direitos sociais e permite que eles recebam acompanhamento técnico e institucional com mais facilidade.

Quem pode se inscrever?

O Programa Auxílio Catador aceita inscrições de trabalhadores que atuam na coleta, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos sólidos, desde que estejam formalmente vinculados a cooperativas ou associações. Tudo fica explicado no edital do programa.

Para ter direito ao benefício, o catador precisa comprovar a produtividade mínima de 500 quilos mensais de materiais recicláveis, volume que é atestado por meio de declaração da entidade à qual o trabalhador pertence. É importante saber todos esses detalhes.

Essa exigência busca garantir que o apoio financeiro chegue a quem realmente exerce a atividade como fonte principal de renda, fortalecendo o papel dos catadores no ciclo de reaproveitamento de resíduos e promovendo sua integração ao mercado formal.

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Como funciona o pagamento do Programa Auxílio Catador?

O pagamento do Programa Auxílio Catador ocorre diretamente em conta bancária vinculada ao beneficiário. Os pagamentos contemplam apenas aqueles que comprovam a produtividade mínima mensal, por meio da declaração enviada pela associação até o quarto dia útil do mês subsequente.

Esse modelo exige disciplina dos catadores e organização das entidades, pois somente com os dados completos e corretos a Secretaria do Meio Ambiente autoriza o crédito do benefício. Os beneficiários recebem o valor por meio de cartão personalizado, o que facilita o uso do recurso.

Como se inscrever no programa?

Para ingressar no Programa Auxílio Catador, o primeiro passo é estar vinculado formalmente a uma associação ou cooperativa de catadores que tenha parceria ativa com o governo estadual. Em seguida, é necessário atender aos critérios de produtividade mínima e manter a documentação em dia.

As cooperativas assumem o papel de intermediadoras no processo, organizando os documentos e encaminhando à Secretaria do Meio Ambiente dentro do prazo estabelecido. Uma vez cadastrado, o catador passa a integrar o sistema de pagamentos e pode, além do auxílio, ter acesso a capacitações.

Por que o governo estadual criou esse benefício?

O Programa Auxílio Catador foi criado para enfrentar as dificuldades econômicas e sociais que afetam diretamente a categoria, sobretudo após o agravamento das condições de trabalho durante a pandemia de COVID-19, que foi alarmante.

A paralisação da atividade de reciclagem em diversos municípios expôs a vulnerabilidade dos catadores, o que levou o governo estadual a aprovar uma política pública permanente que assegura renda mínima e reconhecimento para essa classe tão desvalorizada.

O benefício também busca incentivar o fortalecimento das associações e cooperativas, promovendo não apenas organização, mas também integração dos catadores a uma rede de apoio que valoriza seu trabalho e assegura melhores condições sociais.

Além disso, o programa contribui ativamente para reduzir os impactos ambientais, ao estimular que mais resíduos sólidos sejam destinados à reciclagem, evitando o descarte irregular e promovendo a reutilização de materiais.

O governo estadual também vê essa política como uma forma de resgate da cidadania, já que o vínculo associativo exige documentação formal, o que regulariza a situação civil de muitos catadores e abre portas para outros benefícios sociais.

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