Pé-de-Meia pode começar a ser pago para todos os alunos de Ensino Médio; entenda
Atualmente, os requisitos do Pé-de-Meia exigem que o estudante e sua família tenham registro no CadÚnico e recebam Bolsa Família.
O Pé-de-Meia representa uma política pública de incentivo educacional voltada a estudantes do ensino médio da rede pública, com o objetivo de combater a evasão escolar e reduzir as desigualdades sociais que impedem as crianças de continuar na escola.
Com base em transferências financeiras condicionadas, o programa oferece auxílio mensal e premiações por desempenho e frequência, permitindo que os jovens acumulem até R$ 9,2 mil ao longo dos três anos do ensino médio.
Essa poupança estudantil estimula a permanência na escola, valoriza a trajetória educacional e fortalece o vínculo entre o estudante e sua formação. Além disso, o Pé-de-Meia reconhece a educação como um investimento de longo prazo e busca alcançar quem mais precisa.

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MEC pode estender Pé-de-Meia para mais estudantes
O Ministério da Educação planeja ampliar o alcance do Pé-de-Meia para todos os estudantes do ensino médio da rede pública a partir de 2026. O anúncio foi feito pelo ministro Camilo Santana durante a apresentação do Indicador Criança Alfabetizada.
Atualmente, o programa beneficia jovens inscritos em programas sociais, mas a proposta do MEC prevê eliminar as restrições de renda e transformar o Pé-de-Meia em um direito universal para todos os alunos da rede pública.
Para viabilizar a ampliação, o governo precisará de um acréscimo de R$ 5 bilhões no orçamento, valor que ainda depende de articulações políticas e negociações no Congresso Nacional. O ministro afirmou que já iniciou diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado.
Além disso, acionou a Comissão de Educação para garantir que os recursos entrem na previsão orçamentária do ano seguinte. Essa iniciativa busca não apenas o apoio parlamentar, mas também a consolidação de um pacto nacional em defesa da educação pública e da juventude brasileira.
Segundo Camilo Santana, o modelo atual deixa de fora estudantes com pequenas diferenças de renda, que muitas vezes compartilham a mesma realidade socioeconômica. Para o ministro, o recorte com base no Cadastro Único ou na renda per capita pode excluir jovens que enfrentam os mesmos desafios.
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Quais as regras atuais do Pé-de-Meia?
O Pé-de-Meia foi implantado em janeiro de 2024 com foco inicial nos estudantes beneficiários do Bolsa Família, funcionando como uma poupança formativa e educativa. Ao longo do primeiro semestre, o programa passou por uma expansão importante ao incluir os alunos com inscrição no CadÚnico.
Com essa mudança, o número de beneficiários subiu de 2,5 milhões para mais de 4 milhões em todo o país. Para receber o benefício, o estudante precisa estar matriculado no ensino médio da rede pública, manter frequência mínima nas aulas e participar regularmente das avaliações estaduais e federais.
Os pagamentos são realizados por meio de parcelas mensais, depósitos anuais e bônus por conclusão de série, totalizando até R$ 9,2 mil ao final dos três anos. O valor é dividido em depósitos mensais de incentivo à permanência, transferências por aprovação e um depósito final.
A renda familiar ainda representa um dos critérios fundamentais para a elegibilidade ao programa. A exigência de inscrição no CadÚnico limita o benefício aos estudantes de baixa renda, o que, segundo o MEC, cria distorções entre jovens de perfis semelhantes.
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Como se inscrever para garantir o benefício?
Para participar do Pé-de-Meia, o estudante deve atender a requisitos específicos estabelecidos pelo governo federal e acompanhar os procedimentos por meio da escola e das plataformas oficiais. O primeiro passo é manter a matrícula ativa no ensino médio e garantir a presença nas aulas.
Além disso, é essencial que os dados do aluno estejam atualizados no sistema do Cadastro Único, pois esse cadastro serve como base para a seleção atual dos beneficiários. A inscrição não acontece por meio de um formulário individual, mas sim por cruzamento automático de dados entre ministérios.
Ou seja, o estudante que cumpre os critérios é incluído de forma automática, desde que sua escola informe corretamente todas as informações no sistema. Por isso, manter os dados cadastrais em dia e comunicar qualquer mudança à instituição de ensino se torna fundamental para não perder o benefício.
O pagamento ocorre em conta digital aberta em nome do estudante pela Caixa Econômica Federal. O acesso ao valor é feito por meio do aplicativo Caixa Tem, com uso autorizado para fins educativos e liberação total após a conclusão do ensino médio.
Os estudantes recebem notificações com as datas de liberação dos depósitos e devem acompanhar as movimentações para garantir o recebimento correto de cada parcela. Com esse processo automatizado, o Pé-de-Meia reforça a transparência, incentiva a responsabilidade.
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