O governo vai liberar uma nova modalidade de crédito para famílias com renda até R$ 9,6 mil reformarem suas casas
Reformar uma residência é uma das formas mais eficientes de valorizar o patrimônio e melhorar a qualidade de vida das famílias. Além de aumentar o conforto e a segurança, uma reforma bem planejada também contribui para a sustentabilidade do imóvel, reduzindo gastos com energia e manutenção.
No entanto, para muitas pessoas, o custo de obras e melhorias ainda representa um desafio significativo. Nesse contexto, o acesso a crédito com condições facilitadas se torna fundamental, pois permite que mais brasileiros possam investir em suas casas sem comprometer o orçamento familiar.
Assim, programas de incentivo à reforma habitacional desempenham papel essencial na economia, gerando empregos, movimentando o setor da construção civil e promovendo o desenvolvimento urbano em diferentes regiões do país.
Neste artigo, você vai ver:
Governo vai liberar crédito para reforma da casa própria
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará, na próxima segunda-feira, o programa Reforma Casa Brasil, uma nova política pública que promete ampliar o acesso ao crédito para reformas e melhorias habitacionais.
A iniciativa, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, integra as estratégias do governo federal voltadas para o fortalecimento social e econômico, além de representar uma aposta política importante para o período que antecede as eleições de 2026.
De acordo com o Ministério das Cidades, famílias com renda mensal de até R$ 9.600 poderão contratar empréstimos de até R$ 30 mil para obras de melhoria e ampliação de suas casas. Esses recursos poderão ser utilizados para diversas finalidades, desde que seja para reforma.
O programa também prevê suporte técnico especializado, garantindo que as reformas sejam realizadas com segurança, qualidade e dentro das normas de construção. Essa abordagem busca não apenas reformar casas, mas também elevar o padrão de moradia das famílias beneficiadas.
Além disso, o governo anunciou que a Caixa Econômica Federal disponibilizará R$ 10 bilhões adicionais para famílias com rendas acima do limite principal, somando R$ 40 bilhões em crédito habitacional. Nessa faixa, as taxas seguirão o padrão de mercado.
Isso permite que um número ainda maior de brasileiros tenha acesso a linhas de financiamento específicas para reformas. A meta inicial do programa é realizar 1,5 milhão de contratações, o que deve impulsionar o setor da construção civil, gerar empregos e dinamizar a economia em municípios.
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Confira as faixas de renda contempladas pelo crédito
O Reforma Casa Brasil foi estruturado de forma a atender diferentes perfis de renda, garantindo que as taxas de juros sejam proporcionais à capacidade de pagamento de cada família. Essa divisão em faixas torna o acesso ao crédito mais democrático.
O programa utiliza recursos do Fundo Social, estimados em R$ 30 bilhões, para custear as operações, além do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab), que oferecerá suporte em casos de inadimplência.
Entre os beneficiários, as condições variam conforme o nível de renda. O governo definiu duas faixas principais, com taxas de juros bem inferiores às praticadas no mercado. A seguir, veja como as faixas foram estruturadas:
- Faixa 1: destinada às famílias com renda bruta mensal de até R$ 3.200, com taxa de 1,17% ao mês;
- Faixa 2: voltada para famílias com renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600, com taxa de 1,95% ao mês.
Essas condições garantem que famílias com menor poder aquisitivo tenham acesso a crédito mais barato, o que amplia as possibilidades de melhoria habitacional. Além de estimular o consumo responsável, o programa incentiva a formalização de serviços e a contratação de profissionais do setor.
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Condições para solicitar o empréstimo
Para participar do programa Reforma Casa Brasil, o interessado deve cumprir alguns requisitos básicos estabelecidos pelo Ministério das Cidades. O crédito poderá ser solicitado apenas uma vez por beneficiário, garantindo que mais famílias tenham acesso aos recursos.
O prazo para pagamento varia entre 24 e 60 meses, ou seja, de dois a cinco anos, com limite de 25% da renda familiar para o valor das parcelas. Essa medida busca assegurar que o financiamento seja sustentável e compatível com a realidade financeira de cada contratante.
Os imóveis contemplados precisam estar localizados em áreas urbanas e possuir destinação residencial ou mista. Os recursos podem ser aplicados em melhorias estruturais, reformas completas, pintura, ampliação de cômodos e até instalação de sistemas de eficiência energética.
Além disso, o programa autoriza o uso do crédito para pagamento de mão de obra, compra de materiais de construção e contratação de projetos e assistência técnica especializada, o que assegura qualidade e segurança na execução das obras.
Segundo o texto da portaria que regulamenta o programa, o objetivo é promover o direito à moradia adequada e combater a inadequação habitacional em áreas urbanas. Ao oferecer crédito acessível e juros reduzidos, o governo busca enfrentar desafios socioeconômicos históricos.
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