Novas regras de validação chegam em setembro para quem emite NF e NF-e
Quem emite NF ou NF-e precisa ficar atento às novas regras de emissão das notas, ou pode ter problemas futuramente.
A Nota Fiscal, conhecida pela sigla NF, desempenha um papel central no sistema tributário brasileiro, pois garante a formalização das transações comerciais e assegura a arrecadação de tributos. Desde a criação da versão eletrônica, chamada NF-e, empresas passaram a contar com um recurso moderno.
Ele simplifica processos e aumenta a transparência das operações. A evolução constante desse documento acompanha as transformações do ambiente econômico, a modernização da legislação e a incorporação de novas tecnologias.
Além de facilitar o controle fiscal, a NF promove segurança jurídica para empresas e consumidores, reduzindo práticas irregulares. Por isso, compreender as recentes mudanças e as regras de emissão se torna essencial para manter a conformidade legal, evitar penalidades e garantir eficiência no dia a dia.

Neste artigo, você vai ver:
Mudanças na emissão de NF
A Coordenação Técnica do ENCAT anunciou recentemente a Nota Técnica 2025.001.v.1.02, que introduz ajustes importantes na emissão de NF-e e NFC-e. As alterações atendem às exigências da reforma tributária e contemplam a adaptação ao novo cenário fiscal, marcado por tributos como IBS, CBS e IS.
Entre os principais pontos, destacam-se mudanças nas regras de validação, no leiaute do QR-Code versão 3, no controle da data de emissão e no tipo de inscrição estadual do destinatário. Dessa forma, o sistema da NF torna-se mais robusto e alinhado às diretrizes atuais.
Outro aspecto relevante é a introdução da resposta síncrona para lotes que contenham apenas uma NF-e, o que aumenta a agilidade no retorno das informações para os emissores. Além disso, novas regras relacionadas aos dados de cobrança foram incorporadas.
Elas acabaram trazendo mais clareza e segurança no registro das operações. Essas medidas têm impacto direto sobre produtores rurais, empresas de pequeno e grande porte, e até consumidores, já que a transparência se reflete em todo o ciclo de emissão.
O cronograma de implementação prevê que parte dessas novidades entre em vigor já no início de setembro, enquanto outras estarão disponíveis em outubro. Assim, os contribuintes precisam acompanhar os prazos para adaptar seus sistemas internos, evitando erros que possam gerar rejeições.
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Por que é importante emitir NF?
Emitir NF vai muito além de uma obrigação legal, pois representa a formalização de qualquer operação de compra ou venda de produtos e serviços. Ao registrar uma transação com NF-e, a empresa garante transparência e fornece ao cliente a segurança de que o negócio foi realizado dentro da legalidade.
Outro ponto importante é que a NF protege o consumidor em situações de garantia, troca ou reclamação. Sem o documento fiscal, torna-se difícil comprovar a compra de um produto ou a contratação de um serviço.
Para o empresário, a NF também é fundamental no controle interno, pois organiza o fluxo de caixa, melhora a gestão de estoque e facilita a contabilidade. Dessa maneira, a emissão da NF não é apenas uma exigência burocrática, mas uma prática que fortalece a gestão empresarial.
A relevância da NF cresce ainda mais em tempos de digitalização, já que a integração dos sistemas eletrônicos permite fiscalização em tempo real. Com isso, empresas que negligenciam a emissão se expõem a riscos de autuações, multas e perda de credibilidade no mercado.
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Quem pode emitir nota fiscal?
O direito de emitir NF não se restringe apenas a grandes empresas, pois profissionais autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) também podem realizar esse processo. Cada categoria possui regras específicas, mas todas precisam se cadastrar junto aos órgãos competentes.
São eles a Secretaria da Fazenda estadual ou municipal, dependendo do tipo de atividade exercida. Essa exigência garante que cada operação esteja devidamente registrada e que os tributos incidentes sejam recolhidos de maneira correta.
Empresas de comércio, indústria e prestação de serviços devem emitir NF em todas as operações, enquanto os MEIs contam com regras mais flexíveis. Mesmo com a simplificação, quando o cliente solicita, o microempreendedor é obrigado a emitir a nota.
Além disso, a emissão da NF traz vantagens estratégicas, como a possibilidade de vender para órgãos públicos, participar de licitações e firmar contratos com grandes empresas. Essas oportunidades só se tornam possíveis quando o empreendedor está devidamente regularizado e cumpre suas obrigações.
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