NotíciasBenefícios

O INSS negou seu benefício mesmo com atestado? Entenda o motivo e peça novamente!

Em certos momentos, o INSS pode negar o benefício de alguns solicitantes, mesmo que eles apresentem atestados e outros documentos.

Os benefícios por incapacidade pagos pelo INSS existem para proteger trabalhadores que, por motivo de doença ou acidente, não conseguem exercer suas atividades laborais de forma temporária ou definitiva. O auxílio por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, é um dos principais mecanismos de amparo nesse cenário.

Ele garante uma fonte de renda enquanto o segurado se recupera, permitindo que o trabalhador se mantenha enquanto afasta-se do trabalho por recomendação médica. No entanto, embora a lógica do benefício pareça simples, a liberação depende de uma análise técnica rigorosa.

Muitas vezes, mesmo com atestados médicos em mãos, o segurado tem o pedido negado, gerando frustração e dúvidas sobre o que fazer em seguida. Por isso, entender como o processo funciona e o que o INSS realmente considera para liberar o pagamento é essencial para garantir seus direitos.

Fez um pedido de benefício, mas o INSS negou mesmo apresentando atestado? Entenda.
Fez um pedido de benefício, mas o INSS negou mesmo apresentando atestado? Entenda. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Por que o INSS nega as concessões mesmo mediante atestado?

O fato de o segurado apresentar um atestado médico particular não garante, por si só, a concessão do benefício por incapacidade. Isso acontece porque o INSS exige a realização de uma perícia médica oficial, conduzida por um perito do próprio instituto, como etapa obrigatória para análise do pedido.

Essa perícia tem o objetivo de verificar se a condição de saúde relatada realmente impede o exercício das funções profissionais, considerando critérios técnicos e protocolos internos. Se o perito concluir que não há incapacidade comprovada, o benefício será negado.

Essa exigência está prevista na legislação previdenciária, que confere ao perito do INSS a autoridade de validar ou não a incapacidade alegada. Embora o laudo de um médico de confiança seja importante, ele serve apenas como um dos elementos do processo, e não como decisão final.

O INSS entende que precisa de uma avaliação imparcial e padronizada para conceder recursos públicos com segurança. Isso garante uniformidade nos critérios aplicados, mas pode também gerar injustiças em situações específicas, especialmente quando há divergência entre os profissionais envolvidos.

O fato de a negativa ser legal não significa que ela seja imutável ou definitiva. Diversos segurados enfrentam recusas mesmo com doenças graves ou com histórico médico robusto. Em muitos casos, a análise da perícia falha em considerar todo o contexto clínico ou a realidade funcional do trabalhador.

Diante disso, o sistema prevê a possibilidade de recurso administrativo ou até mesmo a judicialização da negativa, mecanismos importantes para garantir o acesso justo ao benefício. O mais importante é não aceitar a decisão sem buscar compreender os motivos e avaliar os caminhos para reverter isso.

Saiba mais: Se você é MEI, aproveite estes benefícios: quase ninguém lembra deles! – Bolsa Família

Meu pedido foi negado, e agora?

Ao receber a negativa do INSS, o primeiro passo deve ser a leitura atenta do comunicado emitido pelo instituto. Esse documento informa o motivo exato da recusa e permite que o segurado entenda quais critérios não foram atendidos.

Com base nisso, é possível planejar a melhor estratégia de reação, seja pela via administrativa, com recurso interno, ou diretamente na Justiça. É fundamental manter a calma e agir com rapidez, pois o prazo para apresentar recurso administrativo costuma ser de apenas 30 dias após a comunicação oficial.

Caso opte por recorrer administrativamente, o segurado pode fazer isso pelo portal ou aplicativo Meu INSS, anexando todos os documentos que reforcem seu direito. Entre eles, é recomendável apresentar novos laudos médicos, exames recentes e até declarações que demonstrem a limitação funcional.

Se o pedido continuar negado, a judicialização passa a ser uma alternativa viável, especialmente quando há documentação sólida e provas consistentes da incapacidade. Mesmo em casos de negativa, é importante reforçar que o direito ao benefício pode ser reconhecido posteriormente.

A Justiça tem autorizado milhares de concessões ao longo dos anos, especialmente quando há laudos contundentes e médicos especialistas envolvidos. O mais importante é reunir toda a documentação necessária, manter o acompanhamento médico constante e seguir os trâmites com atenção aos prazos.

Saiba mais: Receita Federal lança ferramenta para blindar seu CPF contra golpes: veja como utilizar – Bolsa Família

Como refazer o pedido de benefício?

  • Acesse o portal ou aplicativo Meu INSS com CPF e senha cadastrados.
  • Clique em “Agendamentos/Solicitações” e selecione a opção “Novo requerimento”.
  • Escolha o serviço “Benefício por Incapacidade Temporária (auxílio-doença)” e preencha as informações solicitadas.
  • Anexe toda a documentação médica atualizada e envie a solicitação para agendamento da nova perícia.
  • Aguarde a confirmação da data e compareça à perícia com todos os documentos em mãos.
  • Após a avaliação, acompanhe o andamento do pedido pelo próprio sistema.
  • Caso negado novamente, siga os mesmos passos para recurso ou ação judicial.

Documentos que não podem faltar

  • Laudo médico legível, com CID (Classificação Internacional de Doenças), assinatura e CRM do profissional.
  • Exames recentes (como ressonâncias, ultrassons, tomografias ou laboratoriais) que comprovem a condição de saúde.
  • Relatórios complementares de outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas ou psicólogos, se houver.
  • Histórico de tratamentos realizados e medicamentos prescritos.
  • Comprovantes de afastamento do trabalho, se aplicável, e documentos que indiquem a função profissional exercida.
  • Declaração do empregador (caso tenha vínculo formal) com data do início do afastamento.

Organizar esses documentos com clareza e apresentar todas as evidências possíveis aumenta significativamente as chances de aprovação. O processo exige atenção, mas com informação, persistência e apoio adequado, é possível conquistar o benefício mesmo após uma negativa inicial.

Veja outros: Vai prestar concurso? Veja como conseguir isenção da taxa com ajuda do CadÚnico! – Bolsa Família

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo