Bolsa Família

Governo está cogitando pagar o 13º do Bolsa Família? Veja detalhes

O Bolsa Família pode acabar ganhando um 13º salário, como muitos beneficiários estavam solicitando ao governo federal.

O Bolsa Família se consolidou como uma das principais ferramentas de combate à pobreza no Brasil, promovendo segurança alimentar, acesso à educação e fortalecimento da cidadania entre as famílias mais vulneráveis.

Por meio de transferências diretas de renda, o programa auxilia milhões de lares em todo o país, principalmente aqueles chefiados por mulheres e com crianças ou adolescentes. Ao garantir um valor mínimo mensal, o governo assegura que essas famílias tenham condições básicas para viver.

Enquanto cobra contrapartidas como frequência escolar e acompanhamento da saúde, ele garante outros subsídios. Essa combinação de apoio financeiro com exigências sociais faz do Bolsa Família uma política pública eficiente, que reduz desigualdades e promove inclusão de maneira contínua.

O pagamento do 13º do Bolsa Família pode sair? Confira.
O pagamento do 13º do Bolsa Família pode sair? Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Afinal, vai ter 13º do Bolsa Família este ano?

A expectativa de um décimo terceiro salário no Bolsa Família voltou a circular entre os beneficiários, especialmente nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Porém, o Governo Federal não confirmou nenhuma previsão para esse tipo de pagamento em 2025.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, não há no orçamento federal nenhuma reserva destinada ao pagamento de um 13º. A última e única vez que isso ocorreu foi em 2019, por meio de uma medida provisória específica que não foi renovada nos anos seguintes.

Muitos boatos sobre o pagamento extra surgem devido à existência de abonos natalinos estaduais, que são concedidos por governos locais e não fazem parte da política federal. Esses benefícios, quando pagos, geram confusão entre os beneficiários, pois nem todos os estados oferecem esse extra.

Além disso, mensagens falsas e sites fraudulentos se aproveitam da situação para enganar os beneficiários, oferecendo links maliciosos e prometendo pagamentos inexistentes em nome do programa.

A versão atual do Bolsa Família, retomada em 2023 com novas diretrizes, prioriza a manutenção de um valor fixo mensal mínimo de R$ 600, com complementos baseados na composição familiar. Não há, no planejamento do programa, qualquer previsão para retomada de um pagamento extra em dezembro.

Portanto, todas as informações que indicam o pagamento de 13º em 2025 se baseiam em boatos, interpretações equivocadas ou políticas estaduais específicas, que não se aplicam a todos os beneficiários.

Vai ter pagamento duplo em dezembro?

Não. O calendário oficial do Bolsa Família, divulgado pelo MDS em parceria com a Caixa Econômica Federal, prevê apenas uma parcela para dezembro de 2025. Essa parcela será antecipada para garantir que os valores estejam disponíveis antes do Natal, mas não se trata de um pagamento dobrado.

A estrutura do programa permanece inalterada, com 12 parcelas regulares ao longo do ano, distribuídas mês a mês conforme o dígito final do Número de Identificação Social (NIS). Dessa forma, o beneficiário pode se organizar financeiramente com base em um cronograma fixo e previsível.

Saiba mais: Liberação do salário-maternidade para autônomas ganha novas regras; confira – Bolsa Família

Estados que possuem pagamentos extras

Alguns estados brasileiros criaram políticas próprias de complemento ao Bolsa Família, conhecidas como abonos natalinos. Esses pagamentos extras ocorrem de forma regionalizada, com base em legislações estaduais ou municipais específicas, utilizando recursos locais e independentes da União.

O objetivo desses abonos é ajudar as famílias de baixa renda com os custos adicionais típicos do final de ano, como alimentação, vestuário e material escolar. Em Pernambuco, por exemplo, o governo estadual instituiu desde 2019 um pagamento adicional para os beneficiários do Bolsa Família.

A legislação local prevê a liberação de uma parcela extra no fim do ano, depositada diretamente na conta vinculada ao programa. Esse benefício se aplica apenas a quem reside no estado e cumpre os critérios estabelecidos pela lei estadual, como tempo mínimo de cadastro e atualização regular do Cadastro Único.

Na Paraíba, a política de abono natalino foi retomada em 2024 por meio de uma nova lei estadual. O governo local aprovou a medida para garantir um valor complementar aos beneficiários ainda naquele ano, reforçando o compromisso com o combate à pobreza regional.

Outros estados podem criar iniciativas semelhantes, desde que disponham de orçamento e aprovem legislações específicas para essa finalidade. Por isso, os beneficiários devem consultar os canais oficiais de seus governos estaduais ou secretarias de assistência social para confirmar a existência do abono.

Saiba mais: Aprenda a consultar suas contribuições ao INSS e descubra quando pode se aposentar – Bolsa Família

Quais os valores atuais do Bolsa Família?

O Bolsa Família garante um valor base de R$ 600 por família, independentemente da quantidade de pessoas no domicílio. Esse valor representa a parcela mínima recebida por todas as famílias participantes do programa, desde que estejam com os dados atualizados no Cadastro Único.

Além do valor fixo, o programa inclui benefícios complementares que variam conforme a composição familiar, buscando garantir maior equidade nas transferências:

  • Benefício Primeira Infância: Adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos de idade.
    Exige presença regular nas consultas de saúde e vacinação em dia.
  • Benefício Variável Familiar: Valor de R$ 50 para gestantes e crianças ou adolescentes entre sete e dezoito anos. Necessário manter matrícula escolar ativa e frequência mínima exigida.
  • Benefício Variável Nutriz: Adicional de R$ 50 para mães que amamentam bebês de até seis meses.
    Requer acompanhamento de saúde com profissionais da rede pública.
  • Benefício Complementar: Pagamento extra para garantir que a família atinja o valor mínimo de R$ 600. Aplica-se quando a soma dos outros benefícios não atinge o mínimo exigido.

Para manter esses valores, o beneficiário deve cumprir todas as condicionalidades do programa, como manter filhos na escola, realizar exames médicos e manter as informações do Cadastro Único sempre atualizadas. O não cumprimento dessas exigências pode gerar bloqueios e suspensões.

Veja outros: Minha Casa Minha Vida para cidadãos de classe média: veja como aderir ao programa – Bolsa Família

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo