Notícias

Golpe do crédito pré-aprovado promete R$ 4,5 mil em dinheiro

O novo golpe do crédito pré-aprovado está enganando vítimas que ficam deslumbradas com a possibilidade de ganhar dinheiro

O crédito pré-aprovado faz parte das estratégias financeiras mais comuns utilizadas por bancos e instituições de crédito para oferecer praticidade e agilidade aos clientes. Essa modalidade permite que o consumidor acesse um valor já disponível, sem precisar passar por uma nova análise de crédito.

Isso facilita o planejamento financeiro e incentiva o consumo responsável. No entanto, ao mesmo tempo em que o crédito pré-aprovado representa uma oportunidade legítima, ele também se transformou em um dos principais alvos de golpes digitais.

Criminosos aproveitam a popularidade e a confiança nesse tipo de serviço para aplicar fraudes, criando falsas promessas de empréstimos rápidos, simples e sem burocracia. Assim, compreender como esses golpes funcionam é fundamental para manter a segurança financeira e evitar prejuízos.

Se você não se cuidar, pode cair no golpe do crédito pré-aprovado.
Se você não se cuidar, pode cair no golpe do crédito pré-aprovado. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Como o golpe do crédito pré-aprovado funciona?

O golpe do crédito pré-aprovado começa de forma aparentemente inocente, com o envio de mensagens por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais. Os golpistas oferecem empréstimos com valores fixos, como R$ 4.500, R$ 5.000 ou até R$ 7.000, destacando a promessa de liberação por PIX e sem análise de crédito.

Essa tática busca despertar o interesse de quem enfrenta dificuldades financeiras e enxerga a oferta como uma solução rápida. A linguagem utilizada é sempre convincente, e as mensagens costumam imitar o estilo de comunicação de bancos ou fintechs conhecidas.

Logo após o contato inicial, a pessoa é direcionada para um site falso que reproduz o visual de uma instituição financeira legítima ou é colocada em contato com um suposto atendente. Nessa etapa, o criminoso coleta dados e solicita o envio de documentos, como RG, CPF ou comprovantes de renda.

Com essa informação, o golpista ganha tempo e constrói uma narrativa de aprovação imediata, criando a ilusão de que o crédito realmente está disponível para saque. A vítima, acreditando na veracidade do processo, acaba cedendo informações sensíveis que podem ser utilizadas para outros crimes.

O golpe atinge seu ponto máximo quando o estelionatário pede o pagamento de uma taxa antecipada, normalmente sob justificativas como “garantia”, “seguro”, “liberação” ou “análise de crédito”. Esses valores variam entre R$ 40 e R$ 800, dependendo da sofisticação da fraude.

Após o pagamento, o dinheiro nunca é liberado, e o criminoso desaparece sem deixar rastros. É importante destacar que nenhuma instituição financeira séria cobra taxa antes da liberação de crédito, pois isso é proibido pelo Banco Central.

Veja mais: Abono salarial 2026: veja quando e quanto você recebe – Bolsa Família

Como identificar o golpe do crédito pré-aprovado?

Identificar o golpe do crédito pré-aprovado exige atenção aos detalhes e conhecimento sobre o funcionamento legítimo das instituições financeiras. As fraudes evoluíram e se tornaram cada vez mais convincentes, mas há sinais claros que permitem reconhecer a tentativa criminosa:

  • Remetente suspeito: e-mails e mensagens vindos de endereços desconhecidos ou com domínios estranhos indicam fraude. Bancos e financeiras sérias usam domínios oficiais.
  • Mensagem marcada como spam: provedores de e-mail costumam detectar comunicações fraudulentas e marcá-las automaticamente como lixo eletrônico.
  • Promessa de crédito imediato sem análise: nenhuma instituição concede crédito instantâneo sem verificar o histórico e o perfil financeiro do solicitante.
  • Pressão para agir rapidamente: frases como “última chance” ou “garanta agora” são usadas para induzir decisões impulsivas e evitar reflexão.
  • Ausência de informações oficiais: e-mails sem CNPJ, telefone ou endereço físico da empresa revelam falta de transparência e indicam risco.
  • Links encurtados ou externos: redirecionamentos para sites estranhos ou páginas não seguras servem para capturar dados pessoais.
  • Cobrança de taxa antecipada: esse é o principal sinal de alerta, pois nenhuma financeira legítima cobra valores antes de liberar o crédito.

Reconhecer esses sinais permite que o consumidor interrompa o contato antes de compartilhar informações ou realizar pagamentos. A atenção aos detalhes é a ferramenta mais poderosa contra o golpe do crédito pré-aprovado.

Fique atento: Quando o governo paga o Incentivo Enem de quem recebe Pé-de-Meia? – Bolsa Família

Como se proteger?

A melhor forma de se proteger contra o golpe do crédito pré-aprovado é adotar hábitos de verificação e desconfiar de promessas excessivamente vantajosas. Antes de aceitar qualquer oferta, o consumidor deve confirmar se a instituição está registrada no Banco Central.

Essa consulta pode ser feita diretamente no site oficial do órgão, que lista todas as empresas autorizadas a operar crédito no país. Além disso, é essencial evitar clicar em links recebidos por mensagens e sempre acessar os canais oficiais dos bancos ou fintechs.

Outro ponto importante é nunca efetuar o pagamento de taxas antecipadas para liberar empréstimos. As instituições financeiras não exigem esse tipo de cobrança e, portanto, qualquer solicitação nesse sentido deve ser interpretada como fraude.

Também é fundamental não enviar documentos pessoais sem ter plena certeza sobre a procedência da solicitação. A entrega de dados a criminosos pode gerar sérios prejuízos, como o uso indevido de informações em outras operações fraudulentas.

Além da verificação, a conscientização é um fator determinante para evitar golpes. Ao entender como os criminosos atuam e reconhecer os sinais de alerta, o consumidor fortalece sua segurança digital. Se a proposta promete crédito rápido, fácil, sem análise e com liberação imediata, desconfie.

Veja mais: Aposentadoria chega mais cedo em novembro: confira as datas – Bolsa Família

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo