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Empréstimo consignado passa por mudança geral: veja as novidades

O empréstimo consignado recebeu novas mudanças do governo. Agora, quem vai contratar precisa saber de todas as novas regras.

O empréstimo consignado se tornou uma das formas mais seguras e vantajosas de crédito para trabalhadores, aposentados e pensionistas. Seu principal diferencial está na forma de pagamento: as parcelas são descontadas automaticamente do salário ou benefício, o que reduz risco de inadimplência.

Como consequência direta, as instituições financeiras conseguem oferecer juros bem mais baixos do que os praticados em linhas de crédito convencionais. Além disso, a aprovação costuma ser mais rápida, uma vez que o banco tem maior garantia de retorno.

Essa modalidade de empréstimo atrai especialmente quem busca praticidade e estabilidade no planejamento financeiro, sem surpresas com cobranças extras ou variações nas parcelas. Por isso, o consignado vem ganhando cada vez mais destaque, inclusive no setor privado.

O empréstimo consignado mudou. Veja as novas regras do benefício.
O empréstimo consignado mudou. Veja as novas regras do benefício. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Como o empréstimo consignado privado funciona?

O empréstimo consignado no setor privado funciona por meio de uma parceria direta entre a empresa empregadora, o funcionário e o banco ou instituição financeira. Para isso, a empresa precisa firmar um convênio com uma ou mais instituições autorizadas a operar esse tipo de crédito.

Uma vez firmado o acordo, os colaboradores passam a ter acesso à linha de crédito consignado com condições diferenciadas, normalmente com juros reduzidos e prazos estendidos. Essas vantagens se explicam porque o pagamento das parcelas ocorre diretamente na folha de pagamento.

Assim que o funcionário contrata o empréstimo, a empresa passa a ter a responsabilidade de descontar o valor acordado do salário do colaborador. Esse desconto aparece no holerite e é automaticamente repassado ao banco credor.

Dessa forma, não há necessidade de boletos, transferências ou risco de atraso, o que garante mais controle tanto para quem empresta quanto para quem paga. Além disso, o trabalhador sabe exatamente o valor da parcela, pois ela permanece fixa durante todo o contrato.

Essa modalidade representa um benefício adicional que a empresa pode oferecer a seus colaboradores, fortalecendo a política de bem-estar financeiro no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, o banco encontra um público mais confiável e com menor risco de inadimplência.

Já o funcionário consegue acesso a crédito mais barato e com menos burocracia. Essa estrutura triangular favorece todas as partes e estimula o uso responsável do crédito, especialmente em momentos de necessidade urgente, como imprevistos ou investimentos pessoais.

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O que muda no empréstimo consignado em 2025?

A partir de 2025, o cenário do empréstimo consignado promete mudanças com a introdução de uma nova modalidade voltada para trabalhadores CLT. O Governo Federal anunciou que esses trabalhadores poderão contar com uma linha de crédito consignado que usa o FGTS como garantia adicional.

Essa iniciativa visa ampliar o acesso ao crédito com juros ainda mais baixos, aproveitando a segurança que o fundo oferece ao sistema financeiro. A expectativa é que até 40 milhões de trabalhadores possam se beneficiar da medida.

Com a nova proposta, o desconto das parcelas continuará sendo feito diretamente na folha de pagamento, mantendo a lógica que garante segurança ao banco e praticidade ao tomador do crédito. No entanto, a grande inovação está na possibilidade de vincular o saldo do FGTS como garantia adicional.

Isso pode resultar em taxas mais competitivas, uma vez que o risco de inadimplência se reduz ainda mais. Embora as regras detalhadas ainda estejam em fase de definição, o início da implementação está previsto para 12 de março de 2025.

O novo modelo também prevê integração com o sistema eSocial, o que deve simplificar ainda mais os trâmites burocráticos entre empresas, trabalhadores e instituições financeiras. Mesmo com todas as vantagens, os especialistas recomendam que o trabalhador avalie sua necessidade antes de contratar.

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Novidade com apoio do FGTS

A proposta de permitir o uso do FGTS como garantia no empréstimo consignado representa uma inovação no acesso ao crédito. Ao vincular o saldo disponível no fundo como respaldo à operação, os bancos tendem a oferecer taxas ainda mais baixas e processos de aprovação mais ágeis.

Esse diferencial amplia a capacidade de crédito para o trabalhador CLT e estimula um uso mais planejado e consciente do crédito pessoal. A ideia central é facilitar o acesso a recursos financeiros sem comprometer a saúde financeira do trabalhador.

Além das vantagens no custo e agilidade, a proposta de 2025 abre espaço para um potencial de R$ 80 bilhões em crédito movimentado, conforme estimativas do setor. Isso pode impulsionar a economia, principalmente no consumo das famílias.

Antecipação do saque-aniversário vai acabar?

Com a chegada da nova modalidade de empréstimo consignado garantido pelo FGTS, surgiu a dúvida sobre a continuidade da antecipação do saque-aniversário. Até o momento, o governo não confirmou o fim desse benefício, mas existe a possibilidade de reformulação do modelo.

A antecipação do saque-aniversário permite ao trabalhador retirar parte do fundo anualmente, sem custo adicional, mas ao aderir, ele perde o direito de sacar o total do saldo em caso de demissão. Isso já gerava críticas entre especialistas e trabalhadores.

O novo modelo com FGTS como garantia pode, de fato, tornar a antecipação do saque-aniversário menos atrativa ou até mesmo desnecessária. Como as parcelas do novo consignado terão juros menores, facilidade de aprovação e desconto direto em folha, essa alternativa passa a oferecer condições mais vantajosas para o trabalhador.

No entanto, qualquer mudança nesse sentido depende de aprovação do Congresso Nacional, já que o saque-aniversário é uma política pública vigente que só pode ser alterada por lei. Enquanto não há decisão definitiva, o trabalhador deve acompanhar as atualizações do governo.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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