Despesas aumentaram, mas restituição diminuiu: entenda o motivo do desbalanceamento!
Não é incomum, ao declarar o Imposto de Renda, perceber que as despesas aumentaram, mas o retorno da restituição não acompanhou a alta.
A restituição do Imposto de Renda é o valor devolvido pela Receita Federal quando o contribuinte paga, ao longo do ano, mais imposto do que o devido. Isso ocorre principalmente por meio de retenções mensais feitas diretamente na fonte pagadora, como no caso de trabalhadores com carteira assinada.
Após o envio da declaração anual, a Receita compara o imposto recolhido com o que realmente deveria ter sido pago, considerando deduções legais e a renda declarada. Se o resultado for positivo para o contribuinte, ele passa a ter direito à restituição. Essa devolução costuma ser bastante esperada.
No entanto, muitos brasileiros se surpreendem negativamente ao perceber que, mesmo com despesas mais altas, o valor restituído pode ser menor do que o esperado. Por isso, é fundamental compreender os fatores que influenciam o cálculo da restituição e saber como acompanhar o processo corretamente.
Neste artigo, você vai ver:
Despesa aumentou, mas restituição diminui: qual o motivo?
Mesmo com um aumento nas despesas ao longo do ano, nem sempre o valor da restituição cresce proporcionalmente. Isso ocorre porque diversos fatores afetam o cálculo final. Entender cada um deles ajuda a evitar frustrações e a planejar melhor a declaração.
Aumento da renda tributável
Quando o contribuinte tem aumento nos rendimentos, pode passar para uma faixa de alíquota mais alta. Isso significa que uma parcela maior da renda será tributada, resultando em um imposto devido mais elevado. Mesmo que tenha feito mais gastos, esse aumento na base tributável pode anular o valor.
Limite nas deduções
Algumas despesas dedutíveis têm um teto legal. Um exemplo é a educação, que permite abatimento apenas até um valor fixado por dependente. Assim, se o contribuinte gastou mais do que o limite, o excesso não entra no cálculo. Isso reduz o impacto positivo das despesas na restituição.
Escolha do modelo de declaração
A decisão entre modelo completo e simplificado influencia diretamente o valor a restituir. O modelo simplificado oferece um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, com valor máximo fixo. Já o modelo completo considera despesas específicas.
Se essas deduções forem menores que o desconto do modelo simplificado, o contribuinte pode acabar escolhendo a opção errada e reduzindo a restituição. Ou seja, até a escolha do modelo na hora de declarar vai afetar o valor.
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Como fazer o cálculo da restituição?
Para entender como a restituição é definida, o contribuinte precisa conhecer os principais componentes do cálculo. O valor restituído depende do imposto efetivamente devido, subtraído do imposto já pago ao longo do ano. Com base nessa equação, a Receita avalia se existe diferença favorável ao contribuinte.
Primeiro, somam-se todos os rendimentos tributáveis, como salários, aluguéis e honorários. Depois, deduzem-se os valores permitidos por lei, como despesas com saúde, educação, previdência, pensão alimentícia e dependentes.
A diferença entre os rendimentos e as deduções resulta na base de cálculo, sobre a qual incide a alíquota conforme a tabela do IR. A fórmula básica é:
- Imposto Devido = (Rendimentos tributáveis – Deduções) x Alíquota.
- Em seguida, aplica-se: Restituição = Imposto devido – Imposto pago.
Quando o imposto já recolhido (na fonte ou via carnê-leão) for superior ao imposto efetivamente apurado, o contribuinte terá direito à devolução da diferença.
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Como consultar se vou receber a restituição?
A Receita Federal permite acompanhar a situação da restituição diretamente pelo site oficial. O processo de consulta é simples, mas requer atenção aos detalhes. O contribuinte deve acessar a página da Receita e clicar na seção “Meu Imposto de Renda”. Dentro dela, escolher a opção “Consultar a Restituição”.
Para informações mais detalhadas, é possível acessar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). Após o login com CPF e senha do gov.br, o usuário deve selecionar “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)” e, na aba “Processamento”, verificar eventuais pendências ou malha fina.
Se o crédito for agendado, mas houver erro bancário, o sistema permite o reagendamento pelo portal do Banco do Brasil ou via telefone. O contribuinte deve fornecer o valor exato da restituição e o número do recibo da declaração para validar a operação.
Calendário de valores a restituir em 2025
A restituição do Imposto de Renda será realizada em cinco lotes ao longo de 2025. As datas de pagamento, já divulgadas, seguem o cronograma abaixo:
| Lote | Data de pagamento |
|---|---|
| 1º lote | 30 de maio de 2025 |
| 2º lote | 30 de junho de 2025 |
| 3º lote | 31 de julho de 2025 |
| 4º lote | 29 de agosto de 2025 |
| 5º lote | 30 de setembro de 2025 |
Quem entregou a declaração com antecedência, optou pela declaração pré-preenchida ou indicou chave Pix do tipo CPF, geralmente tem prioridade nos pagamentos. Idosos, pessoas com doenças graves, contribuintes com deficiência e professores também integram os grupos prioritários.
