Cuidado: atendentes do INSS podem ser golpistas! Veja como identificar e se proteger
Recentemente, golpistas estão se passando por atendentes do INSS para se aproveitar dos procedimentos de devolução do dinheiro das fraudes.
A disseminação de golpes digitais contra idosos tem se intensificado nos últimos anos, impulsionada pelo avanço tecnológico e pela vulnerabilidade de uma parcela significativa da população. Aposentados e pensionistas sofrem porque possuem pouco acesso à informação ou recursos digitais.
Utilizando diferentes estratégias, como ligações falsas, mensagens fraudulentas e perfis enganosos nas redes sociais, os criminosos aplicam fraudes que, muitas vezes, resultam em prejuízos financeiros expressivos. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de ampliar o acesso à informação.
Em um contexto onde a tecnologia avança rapidamente, garantir que todos tenham conhecimento das ferramentas oficiais e saibam identificar tentativas de golpe é essencial para a segurança financeira e pessoal dos beneficiários da Previdência Social.
Neste artigo, você vai ver:
Golpistas se passam por atendentes do INSS
Uma das estratégias mais utilizadas por criminosos nos últimos meses envolve a atuação de golpistas que se apresentam como supostos atendentes do INSS, com o objetivo de enganar aposentados e pensionistas e roubar dados ou dinheiro.
Os fraudadores entram em contato com as vítimas por telefone ou aplicativos de mensagens, alegando necessidade de confirmar dados, liberar valores pendentes ou reembolsar taxas inexistentes. Ao se passarem por representantes oficiais do instituto, eles ganham a confiança dos segurados.
Em seguida, solicitam informações sensíveis ou até mesmo transferências bancárias indevidas. Em muitos casos, os beneficiários, por desconhecerem os procedimentos reais do INSS, acreditam na legitimidade da abordagem e acabam caindo no golpe.
A recente operação nacional batizada de Sem Desconto evidenciou a gravidade do problema ao investigar esquemas de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. As apurações revelaram que, entre 2019 e 2024, entidades suspeitas conseguiram desviar cerca de R$ 6,3 bilhões.
As vítimas, muitas vezes, sequer sabiam da existência dos contratos que originavam esses débitos. Golpistas se aproveitam da falta de clareza nas comunicações e da dificuldade de acesso a serviços oficiais para se infiltrar como falsos intermediários.
Além disso, os criminosos utilizam termos técnicos, linguagem formal e até logos falsificados para tornar a abordagem ainda mais convincente. Por isso, a identificação de um verdadeiro atendente do INSS deve seguir critérios claros.
O instituto não realiza contatos por WhatsApp para solicitar dados, não exige pagamentos antecipados para liberação de benefícios e orienta que toda consulta seja feita diretamente no site ou aplicativo oficial. A simples atitude de desconfiar de abordagens e evitá-las já ajuda muito.
Dificuldade dos segurados com o app Meu INSS fomenta golpes
O desconhecimento e a baixa familiaridade com o aplicativo Meu INSS também contribuem para o aumento da vulnerabilidade. De acordo com levantamento da Controladoria-Geral da União, apenas 32,4% dos segurados já usaram o sistema, enquanto 42,4% afirmaram nem saber da sua existência.
Outros 25,1% conhecem o app, mas nunca o acessaram. Esses dados revelam um cenário preocupante, pois mostram que a maioria dos beneficiários não acompanha diretamente as movimentações em seus benefícios, o que abre espaço para ações fraudulentas sem que a vítima perceba a tempo.
O extrato de pagamento, documento essencial para identificar descontos irregulares, deixou de ser enviado fisicamente e só pode ser consultado pela plataforma digital ou em uma agência da Previdência. Muitos beneficiários não sabem disso ou enfrentam dificuldades técnicas para usar o app.
Essa lacuna digital deixa aposentados e pensionistas mais expostos, principalmente os que vivem em áreas rurais ou com acesso limitado à internet. Dessa forma, golpistas encontram terreno fértil para atuar, oferecendo falsos serviços de consulta e atualização cadastral como isca.
Além disso, os relatos mais recentes revelam que até mesmo beneficiários com contratos registrados desconhecem a origem dos débitos. Em uma pesquisa preliminar, 97% dos entrevistados com contratos ativos afirmaram não ter autorizado as cobranças.
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Como se proteger contra o golpe dos atendentes do INSS?
Para garantir a própria segurança, os aposentados e pensionistas devem seguir algumas recomendações fundamentais. A primeira delas é nunca compartilhar dados pessoais por telefone, SMS ou redes sociais, mesmo que a mensagem pareça legítima ou utilize linguagem formal.
O INSS não solicita senhas, números de contas bancárias ou códigos de confirmação fora de seus canais oficiais. Se receber qualquer pedido desse tipo, a orientação é encerrar o contato imediatamente e registrar denúncia nos canais oficiais do governo, como a Ouvidoria do INSS ou o site da Polícia Federal.
Outro ponto essencial é manter o aplicativo Meu INSS sempre atualizado. A atualização garante que o sistema funcione corretamente, com todos os recursos de segurança implementados. Além disso, recomenda-se ativar a autenticação em duas etapas para impedir o acesso não autorizado à conta.
O uso de senhas fortes e exclusivas, que não sejam compartilhadas com terceiros, também reforça a proteção das informações. Caso o beneficiário tenha dificuldade com a tecnologia, o ideal é contar com o auxílio de um parente de confiança, tutor ou responsável legal, evitando a exposição indevida dos dados.
Por fim, os especialistas em segurança digital orientam que o beneficiário nunca clique em links suspeitos, mesmo que venham de remetentes aparentemente confiáveis. Golpistas costumam utilizar endereços com aparência oficial para redirecionar o usuário a páginas falsas que capturam dados.
A prevenção, portanto, passa pela informação. Com conhecimento, atenção e apoio adequado, aposentados e pensionistas podem navegar com mais segurança pelos serviços do INSS, evitando prejuízos financeiros e preservando a própria dignidade.
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