Conta de luz pode aumentar em até 8% a partir de 2026
A conta de luz pode ficar mais cara a partir de 2026 por uma série de fatores, por isso é importante saber como economizar
O aumento da conta de luz é um dos principais temas de preocupação para milhões de brasileiros, pois reflete diretamente o impacto das políticas energéticas, das condições climáticas e das decisões econômicas do país.
A variação nas tarifas de energia depende de diversos fatores, como os custos de geração, a estrutura das distribuidoras, os subsídios governamentais e o consumo nacional. Além disso, a dependência de fontes específicas e o comportamento da demanda influenciam fortemente o valor pago pelo consumidor.
As mudanças regulatórias e a necessidade de manter o equilíbrio financeiro do setor elétrico também desempenham papel crucial nesse cenário. Entender o que provoca essas oscilações é essencial para se planejar e adotar estratégias que ajudem a reduzir gastos e garantir o uso mais eficiente da energia.

Neste artigo, você vai ver:
Conta de luz pode encarecer em 2026
A conta de luz dos consumidores residenciais brasileiros deve registrar um aumento médio de 8% em 2026, de acordo com projeção da TR Soluções, empresa especializada em tarifas de energia. Esse cálculo considera uma média entre as 51 distribuidoras do país e não inclui impostos nem bandeiras tarifárias.
As maiores altas devem ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de 9,5% cada, seguidas pelo Norte, com 7,6%, e pelo Centro-Oeste, com 6,7%. Já o Nordeste deve registrar o menor aumento, estimado em 4,4%.
Os reajustes previstos indicam que o peso das tarifas sobre o orçamento familiar tende a crescer, especialmente nas regiões mais industrializadas e com maior demanda energética. O aumento previsto decorre de ajustes necessários para equilibrar o sistema elétrico, que enfrenta pressões constantes.
Ao mesmo tempo, o governo busca ampliar o acesso à energia para famílias de baixa renda, o que implica redistribuição dos encargos entre os consumidores. Assim, enquanto alguns grupos se beneficiam de isenções e reduções, outros acabam absorvendo parte desses custos.
Apesar das projeções de alta, especialistas acreditam que alguns fatores podem aliviar parcialmente a pressão tarifária. Entre eles, a redução de encargos temporários e o encerramento de programas emergenciais criados durante períodos de crise.
Ainda assim, o cenário geral aponta para um ano de reajustes moderados, mas constantes, exigindo atenção e planejamento por parte dos consumidores. O equilíbrio entre expansão social e estabilidade econômica se tornará um dos grandes desafios para o setor elétrico em 2026.
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Por quais razões a conta de luz tende a aumentar?
Um dos principais motivos para o aumento da conta de luz é o crescimento dos custos da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que deve representar cerca de 12% do total da tarifa. A elevação está diretamente ligada à ampliação da tarifa social, aprovada pela Lei nº 15.235/2025.
Essa norma expandiu o benefício para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. A nova regra garante gratuidade no consumo de até 80 kWh mensais para quem possui renda de até meio salário mínimo por pessoa e está inscrito no CadÚnico.
Comunidades indígenas, quilombolas e beneficiários do BPC também foram incluídos. Essa iniciativa, embora essencial do ponto de vista social, gera impacto financeiro significativo para as distribuidoras e, consequentemente, para os demais consumidores.
Outro fator que pressiona as tarifas é o aumento da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), que deve subir cerca de R$ 10 por megawatt-hora. A elevação decorre da mudança no tratamento da energia das usinas nucleares Angra 1 e 2.
Ela passará a ser cobrada como encargo setorial compartilhado entre todos os consumidores, sejam cativos ou livres. Essa medida visa equilibrar o custo da geração nuclear, mas aumenta os encargos embutidos nas faturas mensais. Com isso, o preço final da conta de luz se eleva.
Por outro lado, um ponto positivo é o encerramento gradual do PCS (Programa Competitivo Simplificado), criado em 2021 para suprir a crise hídrica. Em 2025, o programa ainda representa um custo de R$ 8 bilhões, dos quais R$ 5 bilhões deixarão de ser cobrados em 2026.
Essa redução pode gerar um alívio parcial na tarifa, estimado em R$ 2,4 bilhões na receita fixa da Energia de Reserva. Apesar desse efeito benéfico, ele não será suficiente para anular completamente o impacto das novas políticas sociais e das atualizações estruturais do setor elétrico.
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Dicas para economizar
Com o aumento previsto na conta de luz, adotar hábitos de consumo mais conscientes é essencial para aliviar o peso das tarifas no orçamento. Pequenas mudanças diárias podem resultar em grande economia ao longo do tempo. Confira algumas práticas eficazes para reduzir o consumo:
- Troque lâmpadas antigas por modelos LED – as lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e têm maior durabilidade, oferecendo economia imediata e redução significativa na fatura.
- Evite deixar aparelhos em modo stand-by – televisores, computadores e carregadores continuam consumindo energia mesmo desligados. Desconectá-los da tomada faz diferença no fim do mês.
- Otimize o uso de eletrodomésticos – lave roupas e use o ferro elétrico em horários concentrados, evitando ligar equipamentos de alto consumo simultaneamente.
- Aproveite a luz natural e ventile os ambientes – abrir janelas e cortinas durante o dia reduz o uso de iluminação artificial e ventiladores, diminuindo o gasto energético.
- Faça manutenção periódica em equipamentos elétricos – aparelhos com filtros sujos ou fiações antigas consomem mais energia. A manutenção preventiva aumenta a eficiência e prolonga a vida útil.
Aplicar essas medidas de forma constante ajuda não apenas a reduzir o valor da conta de luz, mas também a contribuir para o uso sustentável da energia. Com disciplina e planejamento, é possível enfrentar os reajustes de 2026 com mais tranquilidade e equilíbrio financeiro.
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