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Cerca de 35% dos universitários estão inadimplentes; veja como renegociar

Milhares de universitários, em algum momento, acabam inadimplentes porque encontram dificuldade em pagar a mensalidade das faculdades.

Manter-se em dia com as mensalidades do ensino superior tornou-se um grande desafio para muitos estudantes brasileiros. A instabilidade econômica, o desemprego e a redução de renda familiar têm pressionado o orçamento de milhares de jovens.

Muitos enfrentam dificuldades para conciliar os estudos com as responsabilidades financeiras. Como resultado, a inadimplência entre universitários aumentou significativamente, evidenciando um problema estrutural que vai além da simples falta de pagamento.

Questões pessoais, mudanças inesperadas na renda e a ausência de apoio financeiro consistente tornam a situação ainda mais delicada. Portanto, entender os fatores que agravam a inadimplência entre universitários é essencial para identificar soluções viáveis e oferecer caminhos para a renegociação.

Milhares de universitários estão tendo dificuldade para pagar suas matrículas.
Milhares de universitários estão tendo dificuldade para pagar suas matrículas. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Quase metade dos universitários brasileiros estão inadimplentes

De acordo com um levantamento realizado pela Serasa, em parceria com a MindMiners, 35% dos estudantes do ensino superior têm alguma dívida pendente com a faculdade. Esse dado revela um cenário preocupante que afeta diretamente o acesso à educação superior no país.

Em muitos casos, o endividamento leva os estudantes a interromper os estudos temporariamente ou até mesmo abandonar o curso. Esse impacto compromete não apenas o presente acadêmico, mas também o futuro profissional de uma parcela significativa da população jovem.

Entre os principais motivos para o acúmulo de dívidas, o desemprego lidera, sendo apontado por 22% dos estudantes como a principal causa da inadimplência. Em seguida, 13% dos entrevistados relataram questões pessoais ou familiares como motivo para o atraso nos pagamentos.

Além disso, 9% mencionaram a queda de renda como fator determinante para a inadimplência. Esses dados mostram como as questões financeiras se conectam diretamente ao desempenho educacional, influenciando a capacidade de continuar os estudos e planejar o futuro.

A pesquisa também revelou que, entre os estudantes endividados, 34% acumulam débitos superiores a cinco mensalidades. Além disso, 32% convivem com essas dívidas há mais de dois anos, o que indica a dificuldade em encontrar soluções imediatas ou acessíveis.

Esse cenário prolongado de inadimplência afeta diretamente a rotina acadêmica, já que muitos estudantes perdem o acesso a recursos educacionais, plataformas digitais e até mesmo à rematrícula. Em paralelo, 62,3% dos estudantes inadimplentes ainda enfrentam outras dívidas.

Vale destacar que 55% com cartão de crédito, 36% com contas básicas e 32% com empréstimos pessoais. Essa sobrecarga compromete o equilíbrio financeiro e emocional dos jovens. Ou seja, no fim das contas os problemas também são externos.

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O que envolve a inadimplência dos universitários?

O endividamento estudantil vai muito além do não pagamento de mensalidades. Ele envolve uma série de impactos que afetam o bem-estar físico e psicológico dos estudantes. Segundo a pesquisa da Serasa, 48% dos universitários inadimplentes relataram sintomas como ansiedade, insônia e estresse elevado.

Esses efeitos emocionais comprometem a concentração, o rendimento acadêmico e, muitas vezes, dificultam a permanência nos estudos. Apenas 6% dos entrevistados disseram não ter sido afetados emocionalmente pelas dívidas, o que demonstra a gravidade do problema.

Além dos danos à saúde mental, as dívidas têm impacto direto no adiamento de projetos pessoais e profissionais. Cerca de 45% dos universitários afirmaram ter adiado planos de vida importantes, como intercâmbios, cursos de extensão, aquisição de materiais ou ingresso no mercado de trabalho formal.

Isso acontece porque a dívida se torna um obstáculo para novas oportunidades, limitando escolhas e atrasando conquistas. Com isso, muitos estudantes sentem que suas perspectivas de crescimento ficam estagnadas, o que gera frustração e desmotivação.

A combinação entre pressões financeiras e emocionais mostra que o problema da inadimplência universitária precisa ser tratado com sensibilidade e soluções acessíveis. Ao lidar com esse cenário, é fundamental que instituições de ensino e empresas do setor financeiro ofereçam renegociação.

Além disso, políticas públicas voltadas ao financiamento estudantil devem considerar a realidade dos jovens, principalmente em períodos de instabilidade econômica. O enfrentamento da inadimplência exige uma abordagem integrada, que inclua educação financeira, apoio psicológico e condições justas.

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Como renegociar dívidas de mensalidade?

Apesar das dificuldades, a maioria dos estudantes se mostra otimista quanto à possibilidade de resolver suas dívidas. De acordo com o levantamento, 64% dos universitários acreditam que conseguirão negociar seus débitos nos próximos dois anos.

Para facilitar esse processo, a Serasa criou uma plataforma de renegociação específica, com mais de 7,8 milhões de ofertas em parceria com 77 instituições de ensino. Grandes redes como Estácio, Anhanguera e Pravaler participam da iniciativa, o que amplia as chances de regularização.

Os descontos chegam a até 95%, com possibilidade de parcelamento e consolidação de boletos em um único pagamento. A plataforma Serasa Limpa Nome permite que o estudante consulte suas ofertas por meio do aplicativo, do site oficial ou pelo WhatsApp, no número (11) 99575-2096.

Essa variedade de canais facilita o acesso à renegociação, mesmo para quem não tem familiaridade com ferramentas digitais. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, mais de 244 mil universitários possuem dívidas com instituições de ensino.

Para esse grupo, a Serasa oferece mais de 654 mil ofertas com condições exclusivas em parceria com 62 faculdades. A abrangência da iniciativa mostra o comprometimento com a democratização do acesso à educação superior.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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