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Cartão Prato Cheio: veja quem tem direito e como solicitar o benefício

O cartão Prato Cheio é um benefício que busca auxiliar pessoas de baixa renda com um dinheiro extra para a compra de alimentos.

Em um país com desigualdades sociais tão profundas, políticas públicas voltadas para pessoas de baixa renda exercem papel indispensável na redução da pobreza e na promoção da dignidade humana. Através de programas sociais, o poder público consegue garantir que famílias tenham acesso ao mínimo.

Essas iniciativas se tornam ainda mais relevantes em tempos de crise, quando os efeitos da exclusão social se intensificam. Por isso, investir em segurança alimentar e proteção social representa mais do que uma ação assistencialista: trata-se de uma estratégia para fortalecer o tecido social.

O Cartão Prato Cheio, criado pelo Governo do Distrito Federal, é um exemplo claro de como uma política bem estruturada pode gerar impacto real na vida de quem mais precisa. Contudo, é importante saber as regras para ter certeza de que pode participar.

Se você não conhece o Cartão Prato Cheio, veja se tem direito e participe.
Se você não conhece o Cartão Prato Cheio, veja se tem direito e participe. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

O que é o Cartão Prato Cheio?

O Cartão Prato Cheio é um programa de transferência de renda criado pelo Governo do Distrito Federal com o objetivo de garantir segurança alimentar para famílias em situação de vulnerabilidade. Lançado inicialmente na pandemia da covid-19, o programa ganhou caráter permanente devido à sua eficácia.

Ele atua como um complemento de renda destinado exclusivamente à compra de alimentos, fortalecendo a capacidade das famílias de garantir o sustento básico no dia a dia. Entre 2020 e 2024, mais de 650 mil famílias foram atendidas, com investimento superior a R$ 900 milhões.

Em abril, o GDF anunciou a ampliação do programa. Com essa medida, o período de concessão passou de nove para 18 meses, e o número de pessoas atendidas subiu para 130 mil. A decisão veio após análise da Secretaria de Desenvolvimento Social, que identificou uma alta reincidência de solicitações.

Ao dobrar o tempo de duração, o governo espera proporcionar condições reais para que essas famílias saiam, de fato, da condição de insegurança alimentar e possam se reestruturar com mais estabilidade. Assim, o programa mostrou como era eficiente.

As famílias atendidas estão majoritariamente concentradas em regiões administrativas como Ceilândia, Planaltina, São Sebastião, Itapoã, Sobradinho, Taguatinga, Santa Maria, Paranoá, Gama e Recanto das Emas. Juntas, essas áreas concentram mais de 90% dos beneficiários.

Quem tem direito de receber?

  • Famílias em situação de insegurança alimentar reconhecidas pela assistência social.
  • Pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda per capita dentro dos critérios de vulnerabilidade.
  • Residentes do Distrito Federal, com comprovante de endereço atualizado.
  • Famílias prioritárias que atendam perfis de extrema pobreza ou que estejam em acompanhamento por serviços sociais.
  • Grupos familiares com membros em situação de risco social, como crianças, idosos ou pessoas com deficiência.

Esses critérios são analisados pela Secretaria de Desenvolvimento Social, que realiza o cruzamento de dados para verificar a elegibilidade de cada requerente.

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Qual o valor e para quê pode ser usado?

Atualmente, o Cartão Prato Cheio disponibiliza R$ 250 mensais para famílias selecionadas, valor que deve ser utilizado exclusivamente para compra de alimentos. O crédito é repassado em conta vinculada ao beneficiário, com movimentação permitida por meio de cartão emitido pelo Banco de Brasília (BRB).

Esse recurso não pode ser sacado em dinheiro e não permite compras de itens que não estejam relacionados à alimentação. A medida garante que o valor atenda diretamente à finalidade do programa, combatendo o desperdício e a má aplicação dos recursos públicos.

A transferência mensal busca complementar a alimentação das famílias, permitindo que elas adquiram produtos frescos, como frutas, verduras, arroz, feijão e proteínas, de acordo com as suas preferências e necessidades. Com o cartão em mãos, o beneficiário pode escolher os itens mais importantes.

As compras são permitidas apenas em estabelecimentos credenciados, o que garante segurança na operação e permite o rastreamento das transações. A cada recarga, o valor é automaticamente disponibilizado no cartão, sem necessidade de novas solicitações.

Como solicitar o Cartão Prato Cheio?

  • Acesse o site oficial do GDF Social e clique na área do programa Prato Cheio.
  • Consulte se o seu nome consta entre os beneficiários aprovados.
  • Caso não tenha sido contemplado, procure o CRAS mais próximo para solicitar avaliação.
  • Mantenha o Cadastro Único atualizado para facilitar a análise do perfil socioeconômico.
  • Após a aprovação, retire o cartão pessoalmente em uma agência do BRB indicada.

Manter os dados atualizados no CadÚnico é fundamental para garantir o acesso e a manutenção do benefício.

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Outros benefícios sociais importantes

O Cartão Prato Cheio faz parte de um conjunto de políticas públicas que utilizam o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) como base de dados. Esse sistema identifica e organiza as informações das famílias de baixa renda no Brasil, servindo como porta de entrada para diversos outros programas. Manter os dados atualizados no CadÚnico é a chave para acessar uma série de benefícios essenciais.

Entre os principais programas sociais vinculados ao CadÚnico, destacam-se:

  • Bolsa Família: transferência de renda com adicionais para crianças, adolescentes e gestantes.
  • Tarifa Social de Energia Elétrica: desconto na conta de luz para famílias de baixa renda.
  • Auxílio Gás dos Brasileiros: valor bimestral para compra de botijão de gás de cozinha.
  • Programa Minha Casa, Minha Vida: acesso facilitado à moradia digna.
  • Isenção de taxas em concursos públicos: gratuidade para inscrição em processos seletivos.

Essas ações, somadas ao Cartão Prato Cheio, reforçam a rede de proteção social e possibilitam que milhares de famílias brasileiras enfrentem com mais dignidade os desafios da vulnerabilidade.

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