O CadÚnico continua oferecendo benefícios diversos para os segurados que moram sozinhos, não excluindo as famílias unipessoais como era a crença popular.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, mais conhecido como CadÚnico, é a principal ferramenta que o Estado brasileiro utiliza para identificar e selecionar famílias de baixa renda que podem receber benefícios sociais.
Esse sistema funciona como uma base nacional de dados e serve de referência para a concessão de diversos auxílios voltados ao combate à pobreza, promoção da cidadania e melhoria da qualidade de vida. Por meio dele, milhões de brasileiros acessam benefícios.
Para quem vive sozinho, o CadÚnico representa uma oportunidade concreta de receber apoio governamental sem depender da composição familiar tradicional, o que amplia o alcance da proteção social a diferentes perfis de vulnerabilidade.
Neste artigo, você vai ver:
Quais as regras do CadÚnico para quem mora sozinho?
Pessoas que vivem sozinhas também podem se cadastrar no CadÚnico e, nesse caso, são classificadas como famílias unipessoais. Para isso, precisam comprovar que não dividem residência nem despesas com outras pessoas, além de apresentar renda mensal compatível com os critérios estabelecidos.
Em 2025, a regra determina que a renda individual não pode ultrapassar meio salário mínimo, atualmente fixado em R$ 706. Se a pessoa não tiver renda, ainda assim poderá se cadastrar, desde que comprove sua condição de vulnerabilidade por meio da entrevista social no CRAS.
O CadÚnico considera o indivíduo como unidade familiar única, o que significa que toda a análise de elegibilidade será baseada exclusivamente em suas informações. Isso garante um tratamento específico e mais justo para pessoas que não possuem rede de apoio.
No entanto, é fundamental que o interessado não esteja incluído como dependente em outro cadastro do CadÚnico, pois isso inviabiliza a inscrição como unipessoal. Cada registro deve conter dados verídicos e atualizados, sob risco de exclusão do sistema.
Outro aspecto importante envolve a responsabilidade do cadastramento. Mesmo morando sozinho, a pessoa precisa comparecer pessoalmente ao CRAS, responder a uma entrevista socioeconômica detalhada e apresentar os documentos obrigatórios. O processo, apesar de simples, exige atenção para evitar erros que possam comprometer o acesso aos benefícios.
Além disso, o cadastro deve ser atualizado a cada dois anos ou sempre que houver mudança de endereço, renda ou condição de vida, o que reforça a necessidade de acompanhamento contínuo por parte do beneficiário.
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Como se inscrever no CadÚnico?
O cadastro no CadÚnico deve ser feito presencialmente no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da residência do solicitante. Antes de comparecer à unidade, é essencial reunir todos os documentos exigidos, já que a ausência de qualquer item pode atrasar o processo.
No local, o interessado passará por uma entrevista realizada por um técnico do serviço social, que fará perguntas detalhadas sobre a condição de moradia, educação, saúde, renda e outros aspectos da vida cotidiana. O objetivo é traçar o perfil social e econômico do cidadão com precisão.
Após a entrevista, o sistema gerará um Número de Identificação Social (NIS), que funciona como a chave de acesso aos programas sociais. Esse número será utilizado para vincular o beneficiário ao Bolsa Família, à Tarifa Social e a outros benefícios.
Vale lembrar que estar no CadÚnico não garante a concessão automática dos auxílios. O governo realiza triagens e análises com base na renda declarada, na disponibilidade orçamentária e em critérios de prioridade estabelecidos pelo governo.
Manter os dados sempre atualizados é imprescindível para continuar elegível aos programas. Mudanças de endereço, início ou fim de um vínculo empregatício, alterações na renda ou até mesmo mudanças de escolaridade devem ser informadas imediatamente ao CRAS.
Documentos necessários para quem mora sozinho
- Documento de identidade (RG ou CNH)
- CPF
- Comprovante de residência atualizado (preferencialmente em nome do solicitante)
- Comprovante de renda, se houver (holerite, extrato bancário ou declaração)
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Quais benefícios estão disponíveis para unipessoais?
- Bolsa Família: Pessoas com renda mensal de até R$ 218 por pessoa podem receber o valor base de R$ 600 mensais. Mesmo sem filhos ou dependentes, quem mora sozinho tem direito ao benefício, desde que cumpra os requisitos estabelecidos.
- Tarifa Social de Energia Elétrica: Moradores sozinhos com NIS ativo e baixa renda podem receber descontos de até 65% na conta de luz. O benefício é automático após o cadastro, mas é necessário informar à concessionária de energia.
- BPC/Loas: Idosos acima de 65 anos ou pessoas com deficiência, mesmo sem vínculo familiar, podem receber um salário mínimo mensal se tiverem renda inferior a ¼ do salário mínimo por pessoa.
- Minha Casa, Minha Vida: Pessoas que vivem sozinhas e se enquadram nas faixas de renda mais baixas também podem ser contempladas pelo programa habitacional. A seleção depende da vulnerabilidade e das políticas locais de moradia.
- Isenção de taxas de concursos e ENEM: Cidadãos cadastrados no CadÚnico podem solicitar isenção de taxas em concursos públicos, vestibulares e exames como o ENEM, desde que preencham os critérios definidos pelos editais.
Como consultar minha solicitação?
Após concluir o cadastro, é possível acompanhar a situação e o andamento dos benefícios utilizando diferentes canais. O aplicativo CadÚnico permite verificar se o cadastro está ativo e atualizado, além de informar sobre pendências que possam comprometer o acesso aos programas sociais.
Já o aplicativo Bolsa Família mostra os valores, datas de pagamento e outras informações importantes para quem já recebe o auxílio. Outra opção prática é o aplicativo Caixa Tem, que exibe o saldo da conta digital onde os benefícios são depositados.
Além dos aplicativos, o cidadão pode buscar informações diretamente no CRAS ou no site do Ministério do Desenvolvimento Social. Dessa forma, quem mora sozinho consegue acompanhar todas as etapas do processo e garantir que seu direito aos benefícios sociais seja plenamente respeitado.
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