Os idosos que ainda não solicitaram a devolução dos descontos indevidos devem ser encontrados pelo próprio INSS para receberem o estorno
As fraudes no INSS continuam preocupando milhões de beneficiários em todo o país. A cada ano, cresce o número de aposentados e pensionistas que sofrem com descontos indevidos em seus benefícios, resultado de golpes que envolvem associações fraudulentas e cobranças não autorizadas.
Essas práticas afetam diretamente a renda de quem depende do pagamento mensal para sustentar a família, o que torna a situação ainda mais grave. Diante desse cenário, o governo federal intensifica ações para proteger os segurados e devolver o dinheiro descontado de forma irregular.
A iniciativa reflete o compromisso em garantir transparência, justiça e segurança aos aposentados e pensionistas, que muitas vezes desconhecem seus direitos e acabam prejudicados por esquemas fraudulentos.
Neste artigo, você vai ver:
INSS fará busca ativa para identificar segurados
O INSS vai realizar uma ampla busca ativa para localizar aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos, mas ainda não solicitaram o ressarcimento. A ação foi confirmada pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.
Ela terá foco em grupos mais vulneráveis, como quilombolas, ribeirinhos e idosos acima de 80 anos. Esses públicos muitas vezes vivem em regiões de difícil acesso e, por isso, podem nem saber que foram vítimas de cobranças irregulares.
Segundo o ministro, o governo reconhece que muitos beneficiários enfrentam dificuldades para identificar descontos ilegais ou realizar o pedido de reembolso. Por isso, a busca será direcionada a quem mais precisa de apoio e informação.
Essa estratégia reforça o papel do INSS como órgão de proteção social e combate à injustiça financeira. A iniciativa também demonstra sensibilidade do governo ao compreender que, além de repor os valores, é necessário garantir que cada aposentado tenha acesso à orientação correta para evitar novos prejuízos.
O ministro destacou ainda que o cuidado com a execução dessa operação será máximo, já que golpistas podem tentar se aproveitar da ação para aplicar novos golpes. Ele alertou que falsos representantes podem usar crachás e jalecos com o nome do INSS para enganar aposentados.
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Como a busca ativa vai funcionar?
A busca ativa planejada pelo INSS será realizada de forma organizada e estratégica, priorizando o atendimento das pessoas que ainda não fizeram o pedido de ressarcimento. O processo ocorrerá nos últimos meses do prazo de solicitações.
Ele funcionará com equipes devidamente identificadas e capacitadas para visitar comunidades específicas e orientar os beneficiários. A escolha desse momento tem como objetivo evitar tumultos, garantir segurança e impedir que falsos agentes tentem se passar por servidores públicos.
O ministro Wolney Queiroz explicou que a execução dessa ação ocorrerá após a maior parte dos pedidos espontâneos já terem sido feitos. Essa decisão reduz riscos e garante que apenas uma pequena parcela de beneficiários ainda não atendida receba visitas presenciais.
Além disso, o Ministério da Previdência vai trabalhar em parceria com prefeituras e lideranças comunitárias para identificar pessoas que não têm acesso à internet ou vivem em locais de difícil comunicação.
O cuidado com a prevenção de novos golpes também está no centro das medidas. O ministro alertou que o governo teme que fraudadores se aproveitem da boa-fé dos aposentados, alegando atuar em nome do INSS.
Por isso, a recomendação é clara: o segurado deve sempre confirmar a identidade do agente e jamais entregar documentos ou dados pessoais sem checar a procedência. Todas as informações oficiais sobre a busca ativa serão divulgadas pelos canais oficiais do governo, como o portal gov.br e o app Meu INSS.
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Prazo para ressarcimento foi prorrogado pelo INSS
O INSS prorrogou o prazo para os pedidos de ressarcimento até 14 de fevereiro de 2026. O ministro Wolney Queiroz reforçou que, embora o novo prazo garanta mais tempo para as solicitações, não é recomendável deixar para a última hora.
Até o momento, cerca de 3,7 milhões de beneficiários já solicitaram o reembolso, totalizando R$ 2,5 bilhões devolvidos. Esses recursos são oriundos de um crédito extraordinário aprovado pelo Congresso Nacional, garantindo o pagamento imediato sem comprometer o caixa da Previdência.
De acordo com o ministro, o presidente da República determinou que os aposentados não esperem o término dos processos judiciais para receber o dinheiro de volta. Isso porque as ações podem demorar meses ou até anos para serem concluídas.
Por esse motivo, o governo adiantou R$ 3,3 bilhões para ressarcir rapidamente os beneficiários e, posteriormente, recuperar os valores por meio do bloqueio de bens e contas das associações envolvidas. Atualmente, R$ 2,8 bilhões permanecem reservados à espera de retorno aos cofres públicos.
O ministro também destacou que a prioridade é garantir um INSS saudável, sem recorrer a novas reformas que prejudiquem o trabalhador. Ele afirmou que é injusto aumentar o tempo de contribuição ou as alíquotas, principalmente para quem exerce atividades pesadas, como trabalhadores rurais e operários.
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