Bolsa auxílio para estudantes universitários: conheça as modalidades atuais e como solicitar
A bolsa auxílio para estudantes universitários é um direito concedido pelo Ministério da Educação (MEC) aos que não têm condições de se manter nos estudos.
A jornada no ensino superior, embora cheia de oportunidades, também apresenta desafios importantes, principalmente para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que são os que precisam se políticas públicas para se manter nos estudos.
A realidade financeira de muitos universitários brasileiros dificulta o acesso à alimentação, transporte, moradia e materiais acadêmicos, o que muitas vezes compromete sua permanência na universidade. Nesse cenário, políticas públicas que ofereçam suporte financeiro são fundamentais.
O governo federal, atento a essa realidade, desenvolveu programas de apoio com foco na inclusão, na permanência e na formação de novos profissionais, especialmente em áreas estratégicas como a educação básica. Entre as principais iniciativas, destacam-se algumas opções que serão apresentadas.

Neste artigo, você vai ver:
Governo tem alguma bolsa auxílio para estudantes universitários?
Sim, o governo federal disponibiliza a Bolsa Permanência como forma de apoio financeiro a estudantes universitários em situação de vulnerabilidade social, com foco especial em indígenas e quilombolas. O benefício tem o objetivo de garantir que esses estudantes possam concluir a graduação.
Atualmente, o valor mensal da bolsa é de R$ 900,00, pago diretamente aos beneficiários após homologação pelas instituições federais de ensino superior. O pagamento é realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) de forma regular, mediante validação no sistema.
O programa começou com um escopo mais amplo, mas desde maio de 2016 passou a aceitar apenas inscrições de estudantes indígenas e quilombolas, considerando o histórico de desigualdade enfrentado por essas populações.
Os recursos financeiros contribuem diretamente para a inclusão, promovendo não apenas o acesso, mas também a conclusão dos cursos presenciais de graduação. Essa ação tem papel importante na democratização do ensino superior e na reparação de desigualdades históricas.
O processo de seleção da Bolsa Permanência ocorre por meio da plataforma do Sistema de Bolsa Permanência (SISBP), disponível no site do Ministério da Educação. Após a publicação de uma portaria com os prazos, os estudantes devem realizar sua inscrição no sistema e anexar os documentos exigidos.
O prazo médio para conclusão da análise varia entre 60 e 90 dias corridos, tempo necessário para conferência da documentação e homologação da bolsa pela instituição. O estudante pode acompanhar a solicitação para saber se tudo correu bem.
Quem tem direito a esse benefício?
Para receber a Bolsa Permanência, o estudante precisa estar matriculado em um curso presencial de graduação em uma instituição federal de ensino superior e comprovar sua condição de indígena ou quilombola, conforme regras da Portaria MEC nº 389/2013.
Além disso, não pode ultrapassar dois semestres do tempo regulamentar do curso, precisa assinar o Termo de Compromisso e manter o cadastro aprovado e validado mensalmente pela instituição no sistema do programa.
A comprovação da condição étnica exige a apresentação de documentos como autodeclaração, declaração da comunidade assinada por três lideranças reconhecidas e comprovação de residência em território indígena ou quilombola, podendo esse último item ser substituído por declaração comunitária com as assinaturas exigidas.
Como solicitar a bolsa auxílio para estudantes universitários?
O estudante deve seguir os seguintes passos:
- Aguardar a publicação de portaria com os prazos para inscrição.
- Acessar o site do Sistema de Bolsa Permanência.
- Preencher o formulário eletrônico com os dados solicitados.
- Anexar a documentação comprobatória exigida para indígenas ou quilombolas.
- Aguardar a análise e a homologação por parte da instituição de ensino.
- Acompanhar a situação mensal da bolsa pelo sistema.
Caso o sistema esteja indisponível, o estudante pode entrar em contato com o MEC pelo telefone 0800-616161 para obter orientações específicas.
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Pé-de-Meia Licenciaturas também é uma opção
O programa Pé-de-Meia Licenciaturas é mais uma iniciativa do governo para garantir a permanência de estudantes no ensino superior, voltado especialmente a quem deseja seguir carreira docente. O incentivo é pago mensalmente a estudantes que ingressam em cursos presenciais de licenciatura.
Durante o lançamento, o Ministério da Educação destacou que a baixa procura pelas licenciaturas e os altos índices de evasão colocam em risco a formação de professores no país. Apenas 3% dos jovens manifestam interesse em seguir carreira docente, cerca de 70% desistem nos cursos das áreas de exatas.
O Pé-de-Meia Licenciaturas surge para reverter esse cenário, oferecendo segurança financeira desde o primeiro dia de aula até a conclusão do curso, com um sistema de poupança que se consolida quando o estudante ingressa na rede pública de ensino como professor.
Esse programa conta com 12 mil bolsas oferecidas pela Capes, inicialmente destinadas aos ingressantes via Sisu. As vagas remanescentes serão redistribuídas para quem entrar pelo Prouni, Fies ou outras instituições elegíveis, seguindo a ordem de prioridade.
Como participar do Pé-de-Meia Licenciaturas?
Para participar do Pé-de-Meia Licenciaturas, o estudante deve:
- Ter obtido nota acima de 650 pontos no Enem.
- Ingressar em um curso de licenciatura presencial em 2025.
- Entrar por meio do Sisu, Prouni, Fies ou em instituição privada com boa avaliação.
- Confirmar a matrícula e aguardar a concessão da bolsa.
- Manter frequência e rendimento acadêmico conforme as exigências do programa.
O estudante contemplado deve cumprir os critérios durante todo o curso para continuar recebendo o benefício.
Quais os valores do benefício?
O valor total da bolsa é de R$ 1.050,00 por mês. Desse montante, R$ 700,00 ficam disponíveis para saque mensal, enquanto os R$ 350,00 restantes são depositados em uma poupança. Esse valor acumulado poderá ser acessado quando o estudante ingressar na rede pública como professor.
Ao longo dos quatro anos, o estudante pode acumular até R$ 48.300,00. Com isso, o programa não apenas apoia a formação, mas também valoriza a entrada imediata na carreira docente, estimulando a dedicação e o compromisso com a educação pública.
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