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Bandeira vermelha será mantida em setembro e conta de luz continua mais cara

A conta de luz em setembro vai continuar cara para milhares de brasileiros devido à manutenção da bandeira vermelha.

A conta de luz representa um dos principais gastos fixos das famílias brasileiras, e diversos fatores influenciam diretamente no valor final que chega ao consumidor. Além do consumo de energia em si, entram na conta outros elementos.

A disponibilidade hídrica para geração em usinas hidrelétricas, o acionamento de termelétricas e o sistema de bandeiras tarifárias são exemplos. Todos esses componentes se somam ao custo de transmissão, encargos setoriais e tributos, criando um cenário no qual o preço da energia pode variar.

Por essa razão, entender como funcionam os mecanismos que impactam a conta de luz é fundamental para planejar o orçamento doméstico, reduzir desperdícios e adotar medidas que ajudem a suavizar o impacto de aumentos sazonais.

Os brasileiros ainda devem pagar mais caro na conta de luz em setembro.
Os brasileiros ainda devem pagar mais caro na conta de luz em setembro. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Conta de luz continua alta em setembro

A conta de luz segue pressionada em setembro devido à manutenção da bandeira vermelha patamar 2, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Esse acréscimo representa R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, o que eleva significativamente os custos para famílias e comércios.

A medida decorre da necessidade de acionar usinas termelétricas, que possuem custo de geração mais elevado em comparação com as hidrelétricas. Assim, o consumidor precisa arcar com a diferença, refletida diretamente na fatura.

A falta de chuvas agrava esse cenário porque reduz os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, principais responsáveis pela geração de energia no país. Com afluências abaixo da média histórica, o Sistema Interligado Nacional não consegue suprir toda a demanda apenas com energia hídrica.

Por isso, a Aneel autoriza o maior uso de termelétricas, mesmo que isso aumente a despesa de produção. Essa medida garante o fornecimento, mas traz peso extra à conta de luz, exigindo mais atenção do consumidor no uso diário.

Nos meses anteriores, a bandeira tarifária já havia permanecido em patamares elevados, reforçando a tendência de custos altos em 2023. Em junho e julho, vigorou a bandeira vermelha comum, e em agosto a situação se agravou, alcançando o patamar 2.

Com a manutenção dessa classificação em setembro, fica claro que as condições climáticas ainda não colaboram para aliviar os preços. Esse contexto mostra a importância de compreender o funcionamento das bandeiras e de adotar práticas de economia de energia, como forma de reduzir o orçamento.

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Entendendo as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015 pela Aneel, funciona como um sinal para indicar o custo de geração de energia no país em determinado período. Ele não muda a forma de consumo, mas reflete o preço que será pago por cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Assim, o consumidor consegue prever aumentos e planejar melhor seus gastos. Quanto mais cara a geração, mais elevada a cor da bandeira aplicada, influenciando diretamente o valor da conta de luz. As bandeiras seguem a seguinte lógica:

  • Bandeira verde – Indica condições favoráveis de geração de energia, sem acréscimo na conta de luz.
  • Bandeira amarela – Representa um custo adicional moderado, acionado quando há necessidade de usinas mais caras.
  • Bandeira vermelha patamar 1 – Eleva o preço de forma mais expressiva, sinalizando maior dificuldade no fornecimento.
  • Bandeira vermelha patamar 2 – Mostra condições críticas de geração e gera o acréscimo mais alto entre todas as classificações.

Esse sistema busca transparência, já que o consumidor compreende de forma clara o motivo dos aumentos. Ao mesmo tempo, funciona como estímulo para o uso consciente da energia, pois quando a bandeira sobe, a conta de luz também pesa mais no orçamento.

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Como economizar na conta de luz?

Manter a conta de luz sob controle exige mudanças de hábito e atenção constante ao uso dos aparelhos elétricos. Mesmo com bandeiras tarifárias mais altas, é possível reduzir o impacto aplicando estratégias simples no dia a dia. Confira algumas práticas eficazes:

  • Trocar lâmpadas incandescentes por LED – As lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia e possuem maior durabilidade.
  • Evitar deixar aparelhos em stand-by – Televisores, computadores e micro-ondas continuam gastando energia quando ficam apenas desligados no controle.
  • Aproveitar a iluminação natural – Abrir janelas e utilizar a luz do sol durante o dia diminui a necessidade de acender lâmpadas.
  • Utilizar eletrodomésticos de forma consciente – Máquinas de lavar e ferro de passar devem ser usados com carga cheia, evitando desperdício.
  • Regular o uso do chuveiro elétrico – Diminuir o tempo de banho e usar a posição verão ajuda a reduzir bastante o consumo.
  • Investir em aparelhos mais eficientes – Optar por produtos com selo Procel de economia energética garante menor gasto ao longo do tempo.

Essas medidas não apenas aliviam a fatura mensal, mas também contribuem para o uso sustentável dos recursos naturais. Ao adotar hábitos conscientes, o consumidor diminui a pressão sobre o sistema elétrico e reduz os custos em períodos de bandeira vermelha.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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