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Auxílio para pessoas que estão sem emprego pode se tornar realidade: entenda

Pessoas que estão desempregadas temporariamente podem ter acesso a um novo auxílio custeado pelo governo.

Milhares de trabalhadores temporários, em especial no setor da pesca artesanal, enfrentam uma realidade marcada por incertezas e dificuldades financeiras durante períodos de paralisação obrigatória de suas atividades.

Nesses momentos, a renda se interrompe, mas as necessidades básicas seguem exigindo atenção. A sazonalidade imposta por normas ambientais, como o período do defeso, obriga esses profissionais a interromperem suas atividades para permitir a reprodução de espécies aquáticas.

Diante desse cenário, o papel do auxílio financeiro torna-se essencial. Com ele, o trabalhador garante a continuidade da subsistência familiar, mesmo quando está impossibilitado de exercer seu ofício. É importante entender como funciona essa importante política pública.

Se você é um trabalhador temporariamente desempregado, veja como receber o auxílio.
Se você é um trabalhador temporariamente desempregado, veja como receber o auxílio. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Auxílio para pessoas temporariamente desempregadas

O auxílio voltado aos pescadores artesanais durante o período do defeso cumpre uma função social indispensável. Durante esse intervalo, as leis ambientais impedem a pesca de diversas espécies, o que retira do profissional sua principal – e muitas vezes única – fonte de renda.

Para contornar esse cenário desafiador, o governo federal disponibiliza o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal, mais conhecido como seguro-defeso. Esse benefício assegura um salário mínimo mensal por cada mês de defeso, funcionando como uma compensação financeira.

O pagamento ocorre até a retomada da atividade pesqueira, nos períodos corretos e permitidos. O objetivo é preservar o sustento dos pescadores e garantir a estabilidade social nas comunidades que vivem da pesca.

Esse tipo de auxílio é destinado exclusivamente aos profissionais que atuam na pesca de pequeno porte e dependem integralmente dessa atividade para garantir sua renda. Diferente de outros programas sociais, o seguro-defeso atende a uma categoria muito específica, com critérios claros e rigorosos.

Além disso, o benefício contribui diretamente para a manutenção da pesca sustentável, pois permite ao pescador respeitar as normas ambientais sem prejudicar sua sobrevivência. Ao receber o auxílio, ele pode cumprir o período de defeso sem recorrer à pesca ilegal ou buscar ocupações alternativas precárias.

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Quem tem direito ao seguro-defeso?

Para ter acesso ao seguro-defeso, o trabalhador precisa se enquadrar como pescador artesanal e comprovar que depende exclusivamente da pesca para manter sua renda familiar. Isso exige que o profissional tenha, obrigatoriamente, registro ativo no Ministério da Pesca há pelo menos um ano.

Além disso, é indispensável que o pescador tenha realizado contribuições previdenciárias com base na comercialização de produtos pescados durante o ano anterior, em períodos fora do defeso. Dessa forma, o governo garante que o auxílio contemple apenas aqueles que contribuem ativamente com o sistema.

Outro ponto essencial é que o pescador não pode receber nenhum outro benefício previdenciário, com exceção do auxílio-acidente ou da pensão por morte, desde que o valor não ultrapasse o salário mínimo. O pedido deve ser feito no prazo correto, respeitando o limite de até 30 dias antes do início do defeso.

Como funciona o pagamento?

O pagamento do seguro-defeso é feito em parcelas mensais durante todo o período em que a pesca está proibida. Cada parcela corresponde ao valor de um salário mínimo vigente, depositado diretamente na conta do pescador, o que assegura rapidez e segurança no repasse dos recursos.

O número de parcelas varia conforme o tempo de duração do defeso determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A regularidade do pagamento depende da análise da documentação e da verificação da situação cadastral do beneficiário junto ao sistema do INSS.

Por isso, manter os dados atualizados e as contribuições em dia é fundamental para não enfrentar atrasos ou indeferimentos. A partir da aprovação, o valor entra em conta sem necessidade de comparecimento físico, facilitando o acesso ao recurso mesmo em regiões mais afastadas.

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Como solicitar o auxílio?

  • Entre em contato com a Central 135 do INSS para informações iniciais e agendamentos.
  • Acesse o site ou o aplicativo Meu INSS para dar entrada no pedido digitalmente, sem sair de casa.
  • Busque apoio em associações de pescadores, sindicatos ou colônias que tenham parceria com o INSS e ofereçam atendimento presencial.
  • Separe os documentos pessoais obrigatórios: documento de identidade (RG, CIN, CNH ou CTPS) e CPF.
  • Caso alguém vá representar o pescador, apresente também os documentos do representante e uma procuração válida.
  • Reúna documentos legais como o termo de guarda, tutela ou curatela, caso aplicável, além do modelo de procuração exigido pelo INSS.
  • Garanta que o pedido ocorra dentro do prazo de 30 dias antes do início do defeso, evitando indeferimentos por atraso.
  • Mantenha o cadastro atualizado no sistema do INSS, principalmente o número do NIT (Número de Identificação do Trabalhador).
  • Após o envio, acompanhe o processo pelo aplicativo Meu INSS para verificar eventuais exigências ou correções.
  • Com o auxílio aprovado, aguarde o crédito direto em conta bancária previamente informada, sem a necessidade de retirada presencial.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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