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Aumento do limite de faturamento do MEI pode virar realidade? Governo se manifesta novamente!

O limite de faturamento do MEI atualmente não agrada a classe, já que muitos poderiam lucrar mais e evitam que isso aconteça para ficar de acordo com as regras.

O regime MEI, conhecido como Microempreendedor Individual, surgiu com o propósito de facilitar a formalização de pequenos negócios e proteger trabalhadores autônomos que desejam sair da informalidade, garantindo benefícios como os previdenciários.

Essa modalidade permite que empreendedores atuem de maneira regularizada, pagando impostos simplificados e tendo acesso a benefícios previdenciários. Ao mesmo tempo, o modelo estabelece limites claros de receita anual para que as empresas se mantenham enquadradas como MEI continuem assim.

Por conta da sua estrutura simples e atrativa, o MEI conquistou mais de 16 milhões de brasileiros que hoje utilizam o regime para gerar renda, criar negócios e buscar proteção social em diferentes setores. Por isso é importante conhecer as regras do regime.

O limite de faturamento do MEI está prestes a passar por aumento. Confira.
O limite de faturamento do MEI está prestes a passar por aumento. Confira. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Limite de faturamento do MEI vai aumentar?

O governo federal discute ativamente uma revisão no limite de faturamento do MEI. A intenção é atualizar o valor que, segundo especialistas e representantes da categoria, ficou defasado ao longo da última década, principalmente diante da inflação acumulada e do crescimento das microempresas.

O ministro Márcio França defende que, após mais de dez anos sem reajustes, chegou a hora de corrigir esse valor para que o regime continue atrativo e capaz de acompanhar a realidade financeira dos pequenos empreendedores.

Entre as alternativas que o governo avalia, destaca-se a criação de uma tabela progressiva, parecida com a do Imposto de Renda, onde apenas o valor que ultrapassasse o limite de faturamento do MEI seria tributado com alíquotas diferenciadas.

Esse modelo, segundo o ministro, teria o potencial de proteger pequenos negócios que estão próximos ao teto e que, ao ultrapassá-lo, acabam sendo obrigados a migrar para regimes mais caros, muitas vezes antes de estarem preparados para enfrentar esses custos.

Qual é o limite atualmente?

Atualmente, o limite de faturamento do MEI é de R$ 81 mil por ano, valor fixado desde o último ajuste. Esse teto define quanto o microempreendedor pode lucrar anualmente sem a necessidade de migrar para outros regimes, como o Simples Nacional.

Caso o faturamento ultrapasse essa faixa, o empreendedor precisa regularizar sua situação, o que pode envolver custos mais altos com impostos e burocracia adicional. Manter esse limite congelado prejudica muitos negócios que cresceram nos últimos anos, mas que se veem obrigados a limitar suas atividades.

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O que acontece com quem supera o limite de faturamento do MEI?

Ultrapassar o limite de faturamento do MEI exige que o empreendedor regularize sua situação imediatamente para evitar penalidades fiscais. Quando o faturamento anual ultrapassa os R$ 81 mil, o microempreendedor deve migrar para outra categoria tributária, como Microempresa (ME).

Caso o valor ultrapassado não seja muito superior, há a possibilidade de pagar apenas a diferença com uma multa, desde que a situação seja regularizada rapidamente. Se o valor excedente for considerado alto, a mudança de categoria ocorre com efeitos retroativos ao início do ano fiscal.

Por isso, monitorar as receitas de forma contínua é fundamental para evitar problemas e garantir que o negócio continue funcionando sem surpresas desagradáveis. O limite de faturamento do MEI atua como uma linha de segurança para que o empreendedor organize seu planejamento tributário.

Além disso, quem ultrapassa o limite, mas não comunica a Receita Federal, pode ter o CNPJ cancelado e enfrentar sanções que dificultam futuras regularizações. Por isso, o governo reforça a importância de manter o controle do faturamento e buscar o enquadramento correto sempre que necessário.

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Dificuldades para aumentar o limite de faturamento do MEI

A principal dificuldade para definir um novo limite de faturamento do MEI está diretamente ligada ao impacto que essa mudança causa na arrecadação da Previdência e dos tributos que sustentam o sistema, que podem acabar passando por alterações.

O governo entende que o MEI, apesar de simplificado, precisa manter o equilíbrio entre o que arrecada e o que oferece em benefícios previdenciários. O aumento do limite, portanto, exige cálculos precisos para evitar prejuízos à previdência e ao sistema de seguridade social, que dependem dessas contribuições.

Além da arrecadação, o governo também estuda como equilibrar o impacto dessa mudança com as novas regras da reforma tributária, que criará um sistema de pagamentos unificado para tributos federais, estaduais e municipais.

O debate envolve diferentes setores da economia, sindicatos e associações de microempresários, que pressionam o governo por um ajuste que atenda à realidade econômica sem sobrecarregar o sistema de impostos. Com esse cenário, o Planalto defende a criação de um modelo progressivo amis suave.

Como funciona a contribuição do MEI atualmente?

  • O MEI paga mensalmente 5% do salário mínimo vigente ao INSS, o que garante direitos como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.
  • Além disso, há uma taxa fixa de ISS para prestadores de serviço e ICMS para atividades de comércio ou indústria, que varia conforme o setor.
  • No total, a contribuição mensal básica varia de R$ 75,90 a R$ 81,90, enquanto caminhoneiros que optam pelo MEI pagam R$ 182,16, com ajuste conforme sua categoria.

Outros projetos do governo para MEIs

Além do debate sobre o limite de faturamento do MEI, outros projetos tramitam no Congresso. Um dos destaques é o Projeto de Lei Complementar 108, que propõe aumentar o teto para R$ 130 mil anuais e permitir que o MEI contrate até dois funcionários.

Outros parlamentares também defendem propostas alternativas, como o chamado “Super MEI”, que sugere um novo teto de R$ 140 mil para microempreendedores que atingem maior faturamento, mas ainda mantêm estrutura enxuta.

Há ainda iniciativas que propõem elevar o valor para R$ 108 mil, numa tentativa de ajustar o limite ao impacto da inflação acumulada. Essa discussão ganhou força ao longo dos últimos anos, já que o índice de inflação acumulado desde o último reajuste ultrapassou 120%, segundo dados oficiais do BC.

Com mais de 16 milhões de MEIs ativos no Brasil, o governo reconhece a importância desse regime para o mercado de trabalho, especialmente em regiões do Nordeste, onde o MEI representa uma alternativa real para quem busca estabilidade financeira e formalização.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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