Aprenda a consultar suas contribuições ao INSS e descubra quando pode se aposentar
As contribuições ao INSS precisam estar em dia, junto com outras regras, para que a aposentadoria seja possível.
As contribuições ao INSS desempenham papel essencial na vida do trabalhador brasileiro, pois garantem acesso à aposentadoria e a diversos benefícios previdenciários, como auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade.
Ao longo da carreira, manter essas contribuições em dia não apenas consolida o tempo de serviço necessário, como também assegura proteção social em momentos de vulnerabilidade. Além disso, o histórico previdenciário bem-organizado reduz atrasos na concessão de benefícios.
Por isso, compreender as regras de contribuição, acompanhar os registros oficiais e organizar os documentos é uma atitude indispensável para quem busca segurança financeira no futuro. O INSS oferece canais digitais práticos que ajudam o segurado a verificar suas informações de forma simples.

Neste artigo, você vai ver:
Quais as regras das contribuições ao INSS atualmente?
As contribuições ao INSS seguem normas específicas que variam de acordo com o tipo de trabalhador, seja empregado formal, autônomo, microempreendedor individual (MEI) ou contribuinte facultativo. Cada um desses deve seguir um sistema de contribuição.
Para os trabalhadores com carteira assinada, as empresas são responsáveis pelo recolhimento e repasse dos valores ao INSS, o que é feito automaticamente com base na remuneração mensal. Já os autônomos e contribuintes por conta própria devem realizar os pagamentos por meio de guias mensais.
Os valores das alíquotas também variam. No caso dos empregados da iniciativa privada, o desconto ocorre de forma progressiva, conforme faixas salariais, indo de 7,5% a 14%. Já os autônomos podem contribuir com alíquotas de 11% ou 20% sobre o salário de contribuição, dependendo da categoria.
O MEI, por sua vez, contribui com valor fixo mensal, incluído no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), o que simplifica o processo e garante acesso aos principais benefícios. É importante manter atenção à regularidade dos pagamentos e ao valor mínimo exigido.
Desde 2019, contribuições feitas abaixo desse valor não são consideradas para fins de tempo de serviço, a menos que o segurado realize o complemento correspondente. Portanto, quem contribui de forma individual deve verificar periodicamente se os recolhimentos atendem às exigências legais.
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Como consultar minhas contribuições ao INSS?
A plataforma Meu INSS permite que o segurado consulte todos os dados referentes às suas contribuições. Para isso, basta acessar o site ou o aplicativo e seguir os passos abaixo:
- Faça login com a conta Gov.br. Se ainda não tiver uma, crie gratuitamente no próprio site.
- Após o login, selecione a opção “Extrato de Contribuição (CNIS)”.
- Verifique os vínculos empregatícios, datas de entrada e saída e os valores recolhidos.
- Confira se todas as contribuições estão registradas corretamente.
- Em caso de informações ausentes ou incorretas, providencie os documentos que comprovem o período de trabalho.
Manter essa verificação periódica evita surpresas ao solicitar um benefício, pois permite corrigir inconsistências com antecedência.
Quais documentos comprovam tempo de contribuição?
Quando há falhas ou lacunas no CNIS, o trabalhador pode apresentar documentos comprobatórios. Os principais são:
- Carteira de Trabalho (CTPS) com registros de admissão e desligamento.
- Contratos de trabalho assinados pelas partes.
- Recibos de pagamento com desconto de INSS.
- Declarações emitidas por antigos empregadores.
- Contracheques com referência a contribuições previdenciárias.
- Termo de rescisão do contrato de trabalho com data e motivo da saída.
Esses documentos devem ser apresentados digitalmente pelo Meu INSS ou em uma agência, após agendamento. O ideal é reunir todos os registros com antecedência para facilitar a análise e agilizar o processo de concessão do benefício.
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INSS orienta consulta de outros detalhes
Além do tempo de contribuição, o INSS recomenda que o segurado verifique atentamente outras informações importantes no Extrato de Contribuições. São dados que podem impactar diretamente a análise do pedido de aposentadoria ou de outros benefícios, caso estejam incorretos ou incompletos.
Os pontos que merecem atenção são:
- Conferir as datas de admissão e desligamento de cada vínculo de trabalho.
- Verificar se há contribuições abaixo do salário-mínimo feitas após 2019.
- Identificar vínculos pendentes que exigem comprovação documental.
- Observar se existem registros vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
- Corrigir divergências ou dados incompletos que podem dificultar a análise do pedido.
A orientação é fazer essa revisão com frequência, especialmente antes de solicitar a aposentadoria, para garantir que todas as informações estejam atualizadas e corretas no sistema do INSS.
Como simular se posso me aposentar?
O Meu INSS também disponibiliza o serviço de simulação da aposentadoria, que ajuda o segurado a calcular quanto tempo falta para atingir os requisitos exigidos por lei. A ferramenta considera as regras atuais e as normas de transição da Reforma da Previdência de 2019.
Para utilizar, basta acessar o sistema com a conta Gov.br e clicar na opção “Simular Aposentadoria”. Ao realizar a simulação, o sistema exibirá:
- O tempo total de contribuição já registrado.
- A quantidade de tempo que falta para atingir o direito ao benefício.
- As possíveis regras de transição aplicáveis, caso o segurado tenha começado a contribuir antes da reforma.
- Informações sobre a possibilidade de aposentadoria pelas regras antigas, caso os requisitos tenham sido atingidos antes da mudança.
Vale lembrar que a simulação tem caráter informativo. O direito só será analisado oficialmente após a solicitação formal do benefício e a apresentação dos documentos. O simulador também não considera períodos com atividade especial ou insalubre, que precisam ser avaliados por peritos.
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