MEC cria Bolsa Permanência para estudantes: veja quem pode receber
A nova Bolsa Permanência do Ministério da Educação (MEC) tem como objetivo garantir que os estudantes não desistam de suas graduações.
O Ministério da Educação, conhecido pela sigla MEC, atua como o principal responsável por formular políticas públicas que garantem o acesso, a qualidade e a permanência dos estudantes no sistema educacional brasileiro.
Sua função não se restringe apenas a organizar currículos ou criar programas de avaliação, mas também a desenvolver iniciativas voltadas para inclusão social e redução de desigualdades. Nos últimos anos, o órgão tem direcionado esforços para atender grupos em situação de vulnerabilidade.
Assim, o MEC busca alinhar a educação ao desenvolvimento social do país, ampliando oportunidades para jovens de diferentes contextos. Dentro dessa lógica, novos programas surgem para garantir que estudantes permaneçam nas universidades e alcancem a sonhada diplomação.

Neste artigo, você vai ver:
MEC cria Bolsa Permanência para alunos de medicina
O MEC anunciou a criação de uma nova bolsa permanência voltada especificamente para estudantes de Medicina. Essa medida foi oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União e integra o programa Mais Médicos.
Seu objetivo é diminuir desigualdades sociais e fortalecer a formação de profissionais da saúde. Dessa forma, a iniciativa busca não apenas apoiar financeiramente os alunos, mas também contribuir para que eles concluam a graduação com menos obstáculos econômicos.
A bolsa permanência se destina a estudantes com matrícula ativa em cursos de Medicina de universidades federais ou instituições particulares, desde que estejam contemplados por bolsas integrais, sem pagar mensalidade.
Isso significa que o benefício alcança tanto alunos de instituições públicas quanto privadas, desde que preencham os critérios definidos pela portaria. Além disso, o programa dá prioridade aos estudantes que ingressaram por meio das cotas sociais previstas em lei.
Embora a portaria estabeleça a criação do auxílio, ainda não foram divulgados detalhes sobre o número de bolsas disponíveis ou o valor exato a ser pago. O MEC apenas informou que o benefício será custeado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Ele não ficará abaixo do valor praticado pelas bolsas de iniciação científica, que atualmente é de R$ 700. Portanto, a expectativa é de que os estudantes contem com um apoio significativo para enfrentar os custos da graduação em Medicina.
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Quem vai receber a Bolsa Permanência do MEC?
O MEC determinou regras específicas para selecionar os alunos que terão direito à bolsa permanência. A análise e a escolha dos beneficiários ficarão a cargo das próprias universidades, mas os critérios já foram definidos nacionalmente. São eles:
- Renda bruta familiar per capita de até 1,5 salário mínimo: essa exigência garante que o auxílio chegue a estudantes realmente em situação de vulnerabilidade econômica, priorizando famílias de baixa renda.
- Matrícula ativa em curso de Medicina: o benefício se destina exclusivamente a alunos que estejam cursando Medicina, não contemplando outras graduações.
- Não ter concluído nenhum outro curso superior: a regra impede que estudantes já formados em outra área recebam novamente o auxílio, priorizando quem ainda não concluiu um nível superior.
- Não ser beneficiário da Bolsa Permanência IFES: alunos que já recebem outro tipo de bolsa permanência não poderão acumular benefícios, garantindo maior alcance do programa.
- Estar inscrito no CadÚnico: a inscrição no Cadastro Único é obrigatória, pois funciona como base para verificar a condição socioeconômica da família e validar o direito ao auxílio.
Esses critérios asseguram que o programa atenda de forma justa os alunos mais necessitados e que o investimento público seja direcionado a quem realmente depende do suporte financeiro para concluir o curso.
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Como receber o pagamento?
Até o momento, o MEC não divulgou detalhes sobre como será o processo de inscrição para receber a bolsa permanência. Entretanto, a inscrição no CadÚnico já é apontada como condição indispensável para concorrer ao benefício.
Assim, estudantes interessados devem providenciar o cadastro com antecedência, já que ele reúne informações sociais e econômicas das famílias e serve de base para diversos programas federais. O CadÚnico pode ser feito gratuitamente em CRAS ou nos setores de assistência social das prefeituras.
Durante o processo, é necessário apresentar documentos de todos os membros da família e atualizar os dados sempre que houver mudanças na renda ou na composição familiar. Portanto, manter o cadastro em dia aumenta as chances de ter acesso a programas sociais, incluindo a nova bolsa permanência.
Documentos necessários
Para realizar a inscrição no CadÚnico e garantir a possibilidade de concorrer à bolsa permanência, o estudante precisa reunir alguns documentos importantes:
- Documento de identificação com foto: pode ser RG, CNH ou qualquer documento oficial que comprove a identidade.
- CPF de todos os membros da família: o número do CPF é fundamental para registro e cruzamento de informações.
- Comprovante de residência: contas de água, luz ou qualquer documento atualizado que confirme o endereço da família.
- Comprovante de renda: contracheques, declarações ou qualquer documento que comprove a renda bruta familiar.
- Certidão de nascimento ou casamento: serve para identificar a composição familiar e validar o cadastro.
Com esses documentos, o estudante garante que seu cadastro no CadÚnico esteja completo e atualizado. Isso não apenas viabiliza a inscrição na bolsa permanência, como também abre portas para outros programas sociais federais, reforçando a rede de apoio às famílias em vulnerabilidade.
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