Fila do INSS voltou a crescer: saiba como agilizar a concessão de benefícios
A fila de espera do INSS voltou a aumentar, o que faz com que a concessão de benefícios, mais uma vez, se prejudique.
As filas de espera no INSS representam um dos maiores desafios enfrentados pelos segurados que dependem de benefícios previdenciários ou assistenciais. Quando um pedido se acumula por meses sem resposta, o impacto vai muito além da burocracia.
No geral, ele compromete a renda familiar, gera insegurança e coloca em risco a dignidade de pessoas que aguardam auxílio para sobreviver. Essa demora afeta aposentados, trabalhadores afastados por doença, idosos de baixa renda e pessoas com deficiência que necessitam urgentemente do BPC.
Apesar de programas anunciados para reduzir o tempo de análise, os números mostram que o problema persiste e até cresce em alguns momentos, reacendendo o debate sobre a capacidade do governo de garantir agilidade e eficiência no atendimento do INSS.

Neste artigo, você vai ver:
Fila do INSS volta a crescer
Depois de três meses consecutivos de queda, a fila do INSS voltou a subir e atingiu 2,63 milhões de pedidos acumulados em agosto de 2025. Esse é o maior estoque desde abril, quando o número de solicitações chegou a 2,68 milhões.
Apenas entre julho e agosto, o volume cresceu em 183,4 mil pedidos, demonstrando que a tendência de alívio perdeu força rapidamente. O aumento da fila acontece mesmo após a adoção de um programa que paga bônus a servidores para analisar requerimentos extras.
Essa iniciativa, implementada em abril e transformada em lei em setembro, buscava acelerar a concessão de benefícios. No entanto, fatores externos, como mudanças legislativas e ajustes em sistemas internos, acabaram impactando os resultados.
Além disso, a redução de prazos em alguns procedimentos acabou criando novos gargalos. Um exemplo é a restrição do auxílio-doença concedido pelo Atestmed, plataforma online que substitui a perícia presencial em alguns casos.
Técnicos do INSS alertaram que a medida poderia represar atendimentos médicos, o que se confirmou com a alta na fila de perícias, que passou de 687 mil em maio para 806 mil em julho. Embora tenha recuado para 779 mil em agosto, o número segue elevado e prejudica o fluxo de concessões.
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Governo promete redução da fila de espera
O governo reconhece as dificuldades, mas afirma que vem tomando medidas para reduzir os atrasos no INSS. A equipe econômica implementou mutirões em diversas cidades, convocando servidores para atender em fins de semana e feriados.
Além disso, a produtividade do instituto bateu recorde em agosto, com 1,226 milhão de processos concluídos. Esse esforço permitiu reduzir o tempo médio líquido de concessão de benefícios de 44 para 42 dias.
Apesar disso, especialistas lembram que o tempo médio não reflete a realidade de todos os segurados, já que muitos pedidos dependem de perícia médica ou de apresentação de documentos adicionais. Nesses casos, a espera se prolonga bastante e compromete o planejamento financeiro das famílias.
O represamento de pedidos, embora reduza gastos imediatos do governo, gera uma conta futura com pagamentos retroativos corrigidos, pressionando ainda mais as despesas públicas. Outro ponto levantado é que a demora afeta principalmente os benefícios assistenciais.
Em junho, havia 551 mil pedidos acumulados; em agosto, o número saltou para 691,6 mil. Essa alta reflete mudanças recentes que exigiram biometria para a concessão do BPC, medida que atrasou o processamento. Para os técnicos, o impacto só será amenizado após a adaptação completa dos sistemas.
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Como agilizar a concessão de benefícios do INSS?
Embora os problemas sejam estruturais, o segurado pode adotar algumas medidas práticas para evitar atrasos no INSS. Confira cinco dicas essenciais:
- Organizar a documentação com antecedência: reunir laudos médicos, comprovantes de contribuição e documentos pessoais reduz as chances de exigência adicional. Quanto mais completo for o pedido, mais rápido o sistema conclui a análise.
- Usar o aplicativo ou site Meu INSS: a plataforma permite acompanhar o andamento do processo, enviar documentos digitalizados e até agendar perícias. Com isso, o segurado ganha mais controle sobre o pedido.
- Atentar-se aos prazos de exigência: quando o INSS solicita documentos complementares, o segurado precisa responder rapidamente. A demora pode levar ao indeferimento do benefício, obrigando a abertura de novo processo.
- Participar dos mutirões de atendimento: o instituto tem organizado ações específicas para acelerar análises. Ao buscar informações sobre esses mutirões, o segurado pode encontrar uma chance de resolver seu caso mais rápido.
- Consultar orientação especializada: em casos complexos, como aposentadorias especiais ou revisões, contar com apoio de advogado previdenciário ou contador pode evitar erros e reduzir o tempo de espera.
Essas medidas não resolvem o problema estrutural da fila, mas ajudam a diminuir atrasos individuais, garantindo que o benefício chegue mais rápido ao segurado.
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