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Não está contribuindo com o INSS? Veja quanto tempo leva até perder seus benefícios

Quem deixa de contribuir com o INSS corre o risco de ficar sem benefícios com o passar do tempo. Por isso é importante não parar.

O Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, desempenha papel essencial na proteção social do trabalhador brasileiro, garantindo acesso a benefícios previdenciários, aposentadorias e auxílios em situações de incapacidade, doença ou desemprego.

Contribuir regularmente para o INSS permite que o cidadão mantenha sua segurança financeira ao longo da vida, protegendo-se contra imprevistos que possam comprometer sua renda. Além disso, a Previdência Social oferece mecanismos que permitem manter direitos em algumas situações.

Entender como funciona a contribuição, a manutenção da qualidade de segurado e o acesso aos benefícios é fundamental para planejar a carreira, cuidar da saúde e assegurar que todos os direitos previdenciários sejam preservados ao longo do tempo.

Se você quer continuar sendo beneficiário do INSS, não pode deixar de contribuir.
Se você quer continuar sendo beneficiário do INSS, não pode deixar de contribuir. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Por que é importante contribuir com o INSS?

Contribuir com o INSS garante acesso a benefícios essenciais, como aposentadoria, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão e pensão por morte. A regularidade das contribuições mantém o trabalhador ativo no sistema previdenciário.

Isso acaba fortalecendo a proteção contra imprevistos financeiros e possibilitando cobertura em situações de incapacidade temporária ou permanente. Além disso, contribuições contínuas aumentam o tempo de serviço computado para aposentadoria, permitindo maior planejamento.

O que acontece se parar de contribuir por um tempo?

Mesmo que o trabalhador interrompa temporariamente suas contribuições, ele pode manter a qualidade de segurado durante o chamado período de graça. Esse prazo padrão é de 12 meses e garante que o cidadão ainda possa solicitar benefícios.

Logo, pagamentos como auxílio-doença ou aposentadoria por incapacidade temporária são garantidos sem perder os direitos adquiridos. O período de graça protege o trabalhador em situações de desemprego, doença ou afastamento temporário, basicamente.

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Quando perco a qualidade de segurado do INSS?

O período de graça pode ser estendido em situações específicas, garantindo maior proteção aos contribuintes. Se o trabalhador contribuiu de forma ininterrupta por mais de 120 meses, equivalentes a dez anos, o período de graça aumenta de 12 para 24 meses.

Além disso, quem comprovar que estava desempregado e inscrito em programas de busca de emprego, como o Sistema Nacional de Emprego (Sine), pode ter o prazo estendido para até 36 meses, mantendo a qualidade de segurado durante três anos sem recolhimento.

Essa extensão também se aplica a trabalhadores que foram presos em regime fechado, beneficiários de aposentadoria por incapacidade ou auxílio-doença cessado, e facilita a transição de volta ao mercado de trabalho sem perder direitos.

Para contribuintes facultativos, como donas de casa e estudantes, o período de graça é reduzido para seis meses, enquanto para pessoas em serviço militar obrigatório, o prazo permitido sem contribuições é de três meses.

É importante destacar que, ao perder a qualidade de segurado, o trabalhador só volta a ser considerado filiado ao INSS após retomar as contribuições. A partir da primeira contribuição paga sem atraso e com valor igual ou superior ao salário mínimo, ele recupera a qualidade de segurado.

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Perdi a qualidade de segurado, como ficam minhas contribuições anteriores?

Mesmo que o trabalhador perca a qualidade de segurado, as contribuições anteriores ao INSS não se perdem. O tempo de contribuição continua registrado, e basta retomar os pagamentos para recuperar o status de segurado e manter os direitos adquiridos.

No entanto, para alguns benefícios específicos, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou auxílio-reclusão, será necessário cumprir carência mínima de novas contribuições antes de requerer o benefício. Essa exigência funciona como um período complementar de proteção.

O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez exigem, inicialmente, 12 contribuições para o trabalhador que nunca perdeu a qualidade de segurado. Quem perdeu o vínculo precisa cumprir apenas metade da carência, ou seja, seis meses de recolhimentos regulares.

A carência não se aplica em casos de acidentes de qualquer natureza ou doenças ocupacionais, garantindo acesso imediato aos benefícios. Além disso, o INSS isenta a carência para doenças graves, como:

  • tuberculose ativa;
  • hanseníase;
  • alienação menta;
  • câncer;
  • cegueira;
  • paralisia irreversível;
  • cardiopatia grave;
  • doença de Parkinson;
  • espondiloartrose anquilosante;
  • nefropatia grave;
  • osteíte deformante;
  • AIDS;
  • contaminação por radiação;
  • hepatopatia grave.

Compreender a importância da contribuição contínua, do período de graça e da carência permite que o trabalhador planeje suas finanças, proteja sua família e mantenha acesso aos direitos previdenciários do INSS.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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