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Sem perícia e com atestado digital: pedir auxílio-doença ficou muito mais fácil!

Agora, quem for solicitar o auxílio-doença não precisa mais enfrentar procedimentos extremamente burocráticos: basta entregar os documentos online.

O auxílio-doença representa uma das principais garantias da Previdência Social, já que assegura renda ao trabalhador impossibilitado de exercer temporariamente suas atividades profissionais. Por décadas, no entanto, esse benefício esteve associado a filas longas, prazos incertos e burocracia excessiva.

Isso gerava angústia em milhões de segurados que dependiam desse recurso para sobreviver. Em muitos casos, a demora na análise significava meses de espera, durante os quais a falta de renda colocava famílias inteiras em situação de vulnerabilidade.

Esse cenário histórico exigia uma solução capaz de unir eficiência, tecnologia e rapidez. Em 2025, novas regras começaram a transformar essa realidade, trazendo mudanças significativas que prometem simplificar processos, reduzir filas e modernizar a concessão do auxílio-doença no Brasil.

Se você precisa solicitar o auxílio-doença, veja como o processo funciona agora.
Se você precisa solicitar o auxílio-doença, veja como o processo funciona agora. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Novas regras vigentes para o auxílio-doença

A principal mudança introduzida em 2025 permite que o auxílio-doença seja concedido com base em atestado médico digital, sem necessidade de perícia presencial nos casos de afastamento de até sessenta dias.

Essa inovação elimina a obrigação de agendamento em agências e reduz o tempo de espera para análise, que antes podia ultrapassar três meses. Assim, o segurado que apresentar documentação válida consegue garantir o benefício de forma muito mais ágil.

Agora, o processo ocorre de maneira totalmente digital. O trabalhador acessa o site ou aplicativo Meu INSS, envia o atestado médico digitalizado, assinado eletronicamente pelo profissional de saúde responsável, inclui laudos complementares e informa dados de contato para eventual checagem.

Se toda a documentação atender às exigências, o benefício é liberado rapidamente, sem necessidade de deslocamento até uma agência. Essa regra vale para trabalhadores da iniciativa privada, autônomos e contribuintes individuais que estejam em dia com suas contribuições ao INSS.

O novo modelo atende especificamente afastamentos temporários, nos quais o médico atesta necessidade de recuperação sem caracterizar incapacidade permanente. Situações mais graves, como doenças de longa duração ou invalidez, continuam exigindo perícia presencial.

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Novas medidas vão acabar com as filas do INSS?

Historicamente, o maior gargalo na concessão do auxílio-doença sempre foi a perícia médica. Em 2024, por exemplo, mais de um milhão de segurados aguardavam avaliação, segundo dados oficiais. Esse acúmulo gerava atrasos insustentáveis e comprometia a credibilidade do sistema.

A digitalização também diminui a pressão sobre os peritos do INSS, que passam a focar apenas nos casos mais graves e complexos. Isso garante maior qualidade nas avaliações que realmente exigem análise detalhada.

Além disso, a medida evita deslocamentos desnecessários, poupando tempo e recursos tanto para os segurados quanto para o próprio governo. Assim, a expectativa é de que o sistema se torne mais equilibrado e eficiente.

Apesar dos avanços, especialistas alertam que a mudança não elimina todos os riscos. Questões como possíveis fraudes em atestados digitais, exclusão de segurados sem acesso à internet e erros em casos específicos ainda exigem monitoramento constante.

Benefícios da implementação da medida

A nova regra traz vantagens diretas para trabalhadores e para a administração pública. Em primeiro lugar, o prazo para concessão do auxílio-doença, que antes levava meses, pode cair para poucos dias. Em segundo, a economia é evidente, já que os segurados evitam deslocamentos longos.

Além disso, a inclusão digital ganha força, pois trabalhadores em regiões distantes conseguem solicitar o benefício sem precisar viajar quilômetros até uma agência. Finalmente, a gestão do sistema se torna mais eficiente, liberando os peritos para analisar apenas os casos que realmente exigem atenção especial.

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Atestmed chegou para facilitar processo

A digitalização do auxílio-doença não surgiu do nada. O modelo começou a ser testado em 2022, por meio do programa Atestmed, que permitia concessões provisórias com base em atestados médicos digitais.

Esse projeto experimental demonstrou bons resultados e pavimentou o caminho para a ampliação definitiva da medida em 2025. Agora, o que era provisório se consolidou como política pública permanente.

O Atestmed mostrou que a análise digital é viável, rápida e segura, desde que respeitados critérios técnicos. O governo decidiu expandir a iniciativa justamente por perceber que a maioria dos afastamentos temporários pode ser tratada com simplicidade, sem necessidade de perícia presencial.

Como fica a solicitação do auxílio-doença agora?

Hoje, o segurado que precisa solicitar o auxílio-doença não enfrenta mais longas filas ou meses de espera. Basta acessar o Meu INSS, inserir o atestado médico digital assinado eletronicamente, anexar laudos complementares quando disponíveis e confirmar os dados pessoais.

O sistema realiza a checagem automática e, se tudo estiver correto, o benefício é concedido rapidamente. Esse processo representa uma verdadeira modernização do INSS e reforça o compromisso com eficiência e inclusão.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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