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Pé-de-Meia vai ser disponibilizado para institutos federais? Entenda os planos do governo

Atualmente, o Pé-de-Meia atende apenas escolas públicas de Ensino Médio e cursos de licenciatura através de seu programa de extensão.

O programa Pé-de-Meia representa um marco entre as políticas públicas voltadas à permanência estudantil no Brasil. Criado para garantir que alunos de diferentes etapas da educação básica e superior tenham condições de concluir seus estudos, o programa atua como instrumento de equidade social.

Ao assegurar apoio financeiro e pedagógico, ele se insere no conjunto de iniciativas que buscam reduzir desigualdades e combater a evasão escolar. Além disso, o diálogo constante entre governo e instituições federais reforça sua relevância.

Isso porque amplia a participação das escolas e universidades na construção de soluções práticas. Nesse cenário, o Pé-de-Meia se apresenta como peça central de uma estratégia nacional que une incentivo, acompanhamento e valorização do percurso formativo de milhares de estudantes.

O Pé-de-Meia pode expandir a divisão de seus recursos em breve.
O Pé-de-Meia pode expandir a divisão de seus recursos em breve. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

Pé-de-Meia vai contemplar institutos federais?

O Ministério da Educação discutiu a implementação do Pé-de-Meia em Institutos Federais durante a 147ª Reunião Ordinária do Conif. O encontro, realizado no Instituto Federal do Espírito Santo, reuniu 30 reitores e pró-reitores para avaliar como o programa se integrará à rede federal.

Com a adesão de 41 instituições somente em 2025, a iniciativa já beneficia aproximadamente 101 mil estudantes, demonstrando alcance expressivo. Dessa forma, os institutos assumem papel essencial na ampliação da política de permanência estudantil.

Durante o diálogo, representantes do MEC reforçaram que os institutos não apenas operacionalizam os dados e processos técnicos, mas também fortalecem a dimensão pedagógica do programa. Essa união garante que o Pé-de-Meia vá além do repasse financeiro.

Os reitores e gestores presentes no encontro ressaltaram que o contato direto com o MEC fortalece a cooperação institucional. A reitora do IFB, Veruska Machado, enfatizou a importância do programa como uma das principais políticas de permanência e êxito escolar.

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MEC deve enfrentar desafios na implementação

Apesar da adesão significativa, a implementação do Pé-de-Meia enfrenta desafios técnicos e operacionais. Entre os principais pontos, destacam-se a necessidade de modernizar sistemas de dados, aperfeiçoar fluxos de gestão e assegurar equipes capacitadas para lidar com a complexidade da política.

Essa demanda por atualização tecnológica e administrativa aparece como condição essencial para garantir que o programa chegue a todos os beneficiários de forma eficiente. Ao mesmo tempo, o MEC reconhece a importância de alinhar a execução financeira à dimensão pedagógica do programa.

Por isso, lançou a Estratégia Pedagógica Rumo Certo, regulamentada pela Portaria nº 496/2025. Essa iniciativa amplia o alcance do Pé-de-Meia, pois atua preventivamente contra reprovação, abandono e evasão escolar.

A estratégia engloba desde a estruturação da governança até a formação continuada de profissionais da educação, promovendo integração entre diferentes áreas. O alinhamento com outras políticas complementares também fortalece a implementação.

Um exemplo é o projeto Rede APE – Acesso, Permanência e Êxito, que incorporará o Pé-de-Meia como caso de boa prática em seminários regionais. Dessa forma, o MEC busca não apenas enfrentar dificuldades operacionais, mas também multiplicar experiências positivas em todas as regiões do país.

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Como o Pé-de-Meia funciona atualmente?

O Pé-de-Meia funciona como um auxílio financeiro voltado para estudantes em situação de vulnerabilidade. Em sua versão mais ampla, o programa garante valores mensais que possibilitam ao aluno se manter no curso e reduzir os riscos de abandono.

Além disso, ele incorpora ações de acompanhamento pedagógico, o que diferencia essa política de outras iniciativas restritas apenas ao repasse financeiro. Ao unir apoio econômico e suporte pedagógico, o programa cria condições mais sólidas para a conclusão dos estudos.

Outro ponto central do funcionamento do Pé-de-Meia está na relação entre instituições e MEC. Os Institutos Federais, universidades e escolas da rede pública atuam como pontos de apoio para gestão de dados e monitoramento da frequência e do desempenho.

Versão para estudantes de licenciatura

Além da versão voltada para a educação básica, o Pé-de-Meia conta com uma modalidade específica para cursos de licenciatura. Nesse formato, os alunos recebem R$ 1.050 mensais, dos quais R$ 700 podem ser sacados livremente, enquanto R$ 350 são depositados em poupança.

Esse valor acumulado só pode ser retirado após a conclusão do curso e ingresso em uma rede pública de ensino. Dessa maneira, o programa cria um elo entre formação acadêmica e atuação profissional, garantindo retorno social ao investimento público.

Essa versão do Pé-de-Meia integra o programa Mais Professores para o Brasil, que busca valorizar a docência e atrair jovens para a carreira. Ao estabelecer critérios de desempenho e frequência, a política incentiva compromisso com a formação e assegura qualidade na preparação dos futuros docentes.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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