Sua restituição caiu na malha fina? Temos uma péssima notícia para você!
Quando a restituição cai na malha fina, é importante tomar algumas atitudes imediatas para resolver o problema e receber o dinheiro.
A restituição do Imposto de Renda representa o valor que a Receita Federal devolve ao contribuinte quando identifica que ele pagou mais tributos do que o devido ao longo do ano. Esse processo acontece após a entrega da declaração anual, quando o sistema cruza os dados.
Se houver saldo a favor do contribuinte, o valor é restituído diretamente na conta bancária indicada. Esse reembolso auxilia muitos brasileiros, principalmente em períodos de crise, funcionando como um alívio financeiro importante.
Contudo, para que a restituição ocorra de forma eficiente, é necessário que todas as informações da declaração estejam corretas, o que nem sempre acontece, especialmente em casos que envolvem deduções médicas ou dados divergentes entre instituições.

Neste artigo, você vai ver:
Em quais situações a restituição pode ficar retida?
Quando a restituição não é liberada dentro do calendário de pagamento divulgado pela Receita Federal, geralmente isso ocorre porque a declaração caiu na chamada “malha fina”. Esse termo se refere ao processo de verificação minuciosa feito pelo Fisco quando encontra inconsistências nas informações.
Nessa etapa, a restituição fica retida até que o contribuinte comprove os dados informados ou corrija os erros existentes. Muitas vezes, mesmo quem utiliza a declaração pré-preenchida enfrenta retenções, o que mostra que o sistema não impede cruzamentos de dados adicionais feitos após o envio.
A seguir, veja os principais motivos que podem levar à retenção da restituição:
- Divergência entre os valores informados pelo contribuinte e os declarados por fontes pagadoras
- Inclusão de despesas médicas sem comprovação válida ou inconsistentes com os registros do plano de saúde
- Informações incorretas sobre dependentes, como CPF, rendimento ou despesas vinculadas
- Omissão de rendimentos próprios ou de dependentes, incluindo pensões, aposentadorias ou aplicações financeiras
- Despesas com educação que ultrapassam o limite permitido ou que não se referem ao ensino regular
- Cruzamentos que apontam doações, pensões alimentícias ou aluguéis sem documentos que comprovem a transação
- Informações inseridas com erros de digitação que afetam diretamente o cálculo do imposto devido
Mesmo contribuintes idosos, que têm prioridade legal na fila de restituição, podem ter seus pagamentos retidos se a Receita identificar qualquer uma dessas inconsistências. Portanto, é bom tomar cuidado.
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O que acontece quando a restituição cai na malha fina?
Quando a Receita retém a restituição por causa de inconsistências na declaração, o contribuinte precisa acompanhar o andamento pelo portal e-CAC. O sistema indicará que a declaração foi processada com pendências, mas nem sempre especifica de imediato o motivo da retenção.
Nesses casos, a Receita aguarda o envio de documentos comprobatórios por parte do contribuinte, ou inicia um processo de intimação formal solicitando esclarecimentos adicionais. Até que a situação se resolva, o valor a restituir permanece bloqueado.
Além da frustração com a retenção, muitos contribuintes se deparam com a impossibilidade de resolver o problema imediatamente. A Receita Federal só permite o envio antecipado de documentos comprobatórios a partir do primeiro dia útil do ano seguinte ao da declaração.
Ou seja, se a malha ocorre na declaração de 2025, o envio de documentos só será aceito a partir de 2 de janeiro de 2026. Isso significa que o contribuinte não consegue antecipar a regularização, mesmo quando possui todos os comprovantes em mãos.
Como resolver esse problema?
O primeiro passo para resolver a situação é acessar o e-CAC e verificar os detalhes da pendência. Após a identificação do problema, o contribuinte deve reunir todos os documentos que comprovem os dados declarados, como recibos médicos, comprovantes de pagamento, notas fiscais e rendimentos.
A partir do início do próximo ano, será possível enviar tudo via processo digital pelo próprio sistema. Quem tem prioridade legal, como idosos ou pessoas com doenças graves, deve anexar petição solicitando atendimento prioritário, aumentando as chances de análise mais rápida.
Mesmo com o envio da documentação, o processo pode demorar. A Receita segue a ordem de chegada dos pedidos, respeitando a prioridade legal quando corretamente indicada. É importante manter os dados bancários atualizados e acompanhar constantemente o andamento no portal.
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E se nada resolver?
Caso o contribuinte não consiga resolver administrativamente, ainda que tenha seguido todos os procedimentos e apresentado provas suficientes, a alternativa passa a ser o caminho judicial. Um advogado especializado em direito tributário pode ajuizar uma ação com pedido liminar.
Para isso, ele pode solicitar que a Receita analise os documentos em prazo mais curto. Para isso, será necessário argumentar com base na urgência, na vulnerabilidade do contribuinte e na relevância social do valor retido, como no caso de idosos que precisam da restituição para pagar despesas médicas.
A Justiça pode aceitar o pedido e determinar que a Receita analise a documentação em até 30 ou 60 dias. Entretanto, o processo judicial não garante uma solução imediata, pois depende da análise de um juiz, e a liminar pode ser indeferida.
Ainda assim, essa via representa a única alternativa legal para acelerar a liberação da restituição quando a espera administrativa se mostra excessiva. Muitos contribuintes em situação de emergência recorrem a esse caminho como último recurso.
Embora a declaração pré-preenchida represente avanço tecnológico e facilite o preenchimento, ela não exime o contribuinte da responsabilidade por verificar todos os dados antes de enviar. Caso a restituição fique retida, o ideal é agir com organização, acompanhar os prazos legais e se preparar.
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