Benefícios

Idosos não podem ignorar as regras de atualização do BPC: risco de corte é alto!

As regras de atualização do BPC existem para que o sistema saiba se as famílias beneficiárias ainda merecem fazer parte da lista de pagamentos.

O Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC, representa um direito garantido por lei a pessoas que enfrentam vulnerabilidade social e não possuem meios próprios para manter sua subsistência. O valor mensal é pago a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência.

O BPC integra a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e, embora gerido pelo INSS, não exige contribuição prévia ao sistema previdenciário. Isso o torna uma ferramenta essencial na promoção da dignidade humana, especialmente entre os que vivem em condições extremas de pobreza.

Dessa forma, o BPC contribui diretamente para a inclusão social e a redução das desigualdades, alcançando quem mais precisa com respaldo legal. Além disso, seu acesso está condicionado a critérios socioeconômicos e cadastrais, o que garante maior justiça na distribuição dos recursos públicos.

Os idosos que recebem o BPC não podem deixar de atualizar os dados.
Os idosos que recebem o BPC não podem deixar de atualizar os dados. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / bolsadafamilia.com.br

INSS emite comunicado sobre manutenção do BPC

O Instituto Nacional do Seguro Social divulgou recentemente um comunicado com orientações importantes para os idosos que recebem o BPC. O órgão esclareceu que o benefício permanece garantido, mas impõe condições que os beneficiários devem cumprir para não perder o pagamento.

Entre os critérios atualizados, destaca-se a necessidade de comprovar a continuidade da situação de vulnerabilidade social, com base na renda familiar por pessoa, que deve se manter abaixo de um quarto do salário mínimo.

Outro ponto fundamental do comunicado é a obrigatoriedade de estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico. Esse sistema centraliza as informações socioeconômicas das famílias de baixa renda e funciona como porta de entrada para diversos programas.

O idoso que não estiver devidamente cadastrado, ou que possuir dados desatualizados, corre sério risco de ter o pagamento suspenso. Assim, o comunicado reforça a importância da regularidade no cadastro, pois é por meio dele que o INSS verifica a elegibilidade dos beneficiários.

O comunicado também orienta os beneficiários a se manterem atentos às exigências para não serem surpreendidos com o bloqueio do BPC. Além do CadÚnico, a renda da família deve ser informada corretamente e qualquer mudança na composição familiar precisa ser relatada.

Saiba mais: Devolução das cobranças indevidas ocorrerá em uma parcela: veja quando – Bolsa Família

Quais documentos são necessários para a manutenção do benefício?

Para que o idoso de 65 anos ou mais continue recebendo o BPC, ele deve apresentar documentos básicos que comprovem sua identidade e a de todos os membros da família. São exigidos o CPF, o RG, a certidão de nascimento ou casamento, além do comprovante de residência.

Também é necessário informar documentos que provem a renda familiar, como carteira de trabalho, contracheques ou extratos bancários. Com esses registros, o INSS verifica se o grupo familiar ainda se enquadra nos limites exigidos pela legislação.

Além disso, o responsável familiar deve apresentar o Número de Identificação Social (NIS), que pode ser obtido após o cadastro no CadÚnico. Caso a pessoa com deficiência seja a beneficiária, também será necessário apresentar documentos médicos que comprovem a condição de saúde.

Todos os dados precisam ser atualizados sempre que houver mudanças. O sistema do CadÚnico integra as informações com as bases do INSS, o que possibilita o cruzamento automático de dados. Isso torna ainda mais importante a veracidade das informações prestadas.

Devo ir ao CRAS ou ao INSS?

O local indicado para realizar o cadastro ou atualizar as informações do CadÚnico é o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo da residência do beneficiário. No CRAS, o atendimento é feito por assistentes sociais treinados, que coletam os dados.

O atendimento pode ser agendado presencialmente ou por telefone, dependendo da organização do município. O INSS, por outro lado, só entra no processo após o CadÚnico estar regularizado, pois é com base nas informações do cadastro que o órgão avalia a manutenção do BPC.

Portanto, o primeiro passo sempre deve ser procurar o CRAS. Após a regularização no CadÚnico, o idoso poderá acompanhar a situação do benefício pelo aplicativo ou site Meu INSS, bem como pela central telefônica 135.

Esse processo integrado entre CRAS e INSS visa garantir mais eficiência e transparência na concessão e na revisão do benefício. A comunicação entre os sistemas permite que o governo identifique rapidamente as famílias que não cumprem mais os critérios, mantendo o foco em quem realmente precisa do auxílio.

Saiba mais: Mais de 100 mil cadastros no Bolsa Família podem ser extintos: entenda – Bolsa Família

O que acontece se o BPC for suspenso?

Caso o INSS identifique que o beneficiário não atende mais aos critérios estabelecidos, o pagamento do BPC será suspenso. Essa suspensão pode ocorrer por diferentes motivos, como ausência ou inconsistência no CadÚnico, mudança na renda familiar, ou ainda falha na comprovação da condição de vulnerabilidade.

O segurado é notificado previamente, o que permite regularizar a situação antes da interrupção definitiva. Ainda assim, a perda temporária do benefício causa impactos financeiros graves para quem depende exclusivamente desse valor mensal para sobreviver.

Tem como recuperar o BPC depois?

Sim, é possível recuperar o BPC após a suspensão, desde que o beneficiário cumpra as exigências novamente. Após corrigir os dados e apresentar os documentos solicitados, o INSS reavalia o caso e pode restabelecer o pagamento.

Em alguns casos, o valor referente aos meses suspensos também pode ser pago retroativamente. Isso dependerá da análise técnica e da comprovação de que o benefício foi suspenso indevidamente ou que a regularização ocorreu dentro do prazo legal.

Veja mais: Receba dinheiro do FGTS direto na conta em junho: veja quem tem direito – Bolsa Família

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo